É POESIA EM FORMA DE PAIXÃO
Despertei na madrugada- vaguei
Deparei-me num rio sem fim
Em leitos de versos revivi
Resgatei a poesia dentro de mim...
Na beira
da agua me despi
Banhei-me no mel do teu ser
Desse amor desfolhado
Esqueci teu jeito de ver...
Nas correntezas lá fora
Sob os relevos formados
Vi a poesia sendo levada
Pelas aguas sendo tragada...
No desbravar do rio que avança
Palavras tragadas se vão
É fio de esperança que se alinha
É poesia em forma de paixão...
No amanhecer
Estarei viajando
no tempo
Talvez nos braços
do vento
Cantando canções
Vivendo emoções
Pensando aonde
chegar
Ou quem sabe
Aqui mesmo poder
ficar...
No entardecer
Quando a noite
chegar
Não sei aonde vou
estar
Talvez entre as
estrelas
Tentando roubar
seu brilho
Alimentando
sonhos
Criando poemas de
amar...
E se amanhecer
Sem ter o que
sonhei
Haverá um vazio
No pensamento
lembranças
No papel
fragmentos
De tudo que criei
Dos poemas que
sonhei
O que restou
Não sei...
Mistérios
Olhei a noite
Senti a magia
Criei poemas
imaginários
Vi as palavras
sendo levadas
Pela lua
encantada...
Fiquei triste
Vi a lua sorrindo
Risquei no
pensamento
O resgate que
escrevi
Se pudesse ir ao
céu
Abraçaria as
palavras
Resgataria a
poesia
Frases roubadas
Pelo mistério da
lua...
Eram palavras
reais
Que começava
criar
Mas logo fui
roubada
Tudo que tentei
gravar...
Lua devolve para
mim
Salva minha
poesia
Em resposta a lua
sorriu
E numa nuvem
negra
Sumiu...
Saudade
A saudade vive em
mim
O momento
presente
Instantes eternos
Um segundo
Em ascendente
tempo
Aos olhos que não
se vai
Ou não chega ao
fim...
Vive em mim
A saudade da vida
O cheiro de terra
molhada
A brisa que move
do mar
O assovio na
madrugada...
Tudo vive em mim
A saudade eterna
O amor penetra
Viajei no tempo
E de repente
O encontro de tudo foi encanto
O encanto de um tempo incerto
Para descobri
Para caminhar
Na hora da chegada
O motivo da ida
O encanto do nada...
E de repente
O aperto no peito
Alguém vai sentir
O que estou sentindo
Só o encontro faz sentido...
E de repente
O encontro se faz
Sem medo
Sem mistérios
Sem trancas
De braços abertos
Esquecendo as lembranças...
E de repente
O mistério se fez encanto
O amor corre nas veias
Ocupa espaço
Fazem-se presentes
Viaja no tempo
Dois amores carentes...
Um amor adolescente
Hoje acordei assim
Cantei as canções do vendo
Tive a leveza da brisa
Voei como borboleta
Curtir um grande amor
Realizei...
Hoje acordei
Senti o vento bem leve
Acariciar meu rosto
Vivi aquele momento
Como se estivesse em transe
Fui feliz
Sonhei
Vibrei...
Hoje acordei
Esqueci problemas
Vivi emoções
Deixei as lágrimas
Rolarem livremente
Lágrimas de felicidade
Relaxei...
Hoje acordei disposta
Busquei a felicidade
Sem pensar no amanha
Quero apenas o agora
Viver eternamente
Um amor adolescente..
Poder do vento
Se o vento em teu rosto roçar
E nesse momento
Se lembrar de mim
Ouça o silencio da noite
O uivo do vento
É meu canto
Que faço pra te namorar...
Se o silencio continuar
Ouça teu pensamento
Sou eu a te esperar
Aguardando o momento...
Se o vento mudar de direção
Sou eu me afastando
Não para voltar
Mas para continuar
Ai no teu coração...
Não fique triste
Em nós existe verdade
Vamos curtir o momento
Da nossa realidade...
Marque o passo no compasso
Espere o tempo chegar
Bem perto
Ou mesmo longe
Estarei a te esperar...
Seguiremos novamente
Em busca dos nossos sonhos
Deixa o vento cantar
Deixa ele te guiar...
Serei tua para sempre
Busquei
respostas no vento
Dele
recebi caricias
Pedi
que cantasse baixinho
E
ele virou furacão
Resolvi
buscar sozinha
A
dor da minha paixão...
A
brisa com pena
Fez-se
presente
Tentou
ajudar
Cantou
baixinho
Soprou
para o mar
Palavras
de carinho...
Do
mar
Canta
uma voz
Encanta
no ar
Com
meiguice e ousadia
A
mais doce melodia...
À
tarde o sol poente
Deslumbrante
cenário
Adormeci
na areia
Senti-me
no paraíso
Sonhei
com você na lua
Imaginei
ser só tua...
Despertei
sem entender
Se
aquilo era real
Se
o vento soprou ali
Se
a lua se fez presente
Só
sei dizer com certeza
Serei
tua para sempre...
NOSTALGIA
Sai sem destino
Andei nas areias ainda mornas
Do sol escaldante da tarde
Adentrei no mar
Busquei sem saber
O que tentava encontrar...
Um grito vindo de longe
Uma sombra sob as aguas
Desperto do meu êxtase
Sem poder navegar...
O corpo boiando
Cansado de desejar
Volta sem rumo
Passeia pelas pegadas
Deixadas na ida pro mar...
Sem orientação olhei o sol
Parecia fogo querendo saltar
Minhas lágrimas queimando
Meu rosto ardendo do sal
Não era o calor do sol
Era meu coração acelerando...
Vaguei sem bússola
Remei sem barcos
Queimava por dentro
Era fogo querendo saltar
Era nostalgia vindo do mar...
Foi assim
Entrei no mar
Decidir me molhar
Olhei a pureza da lua
Gamei
Vi as estrelas sumindo
Tímidas e risonhas
Com medo de aparecer
Diante do brilho da lua
Que iluminava sem medo
Nas aguas tranquilas
Desse mar encantado...
Sem pensar fiz assim
Perdi-me naquele cenário
No canto que vem do mar
No brilho daquele luar...
Andei na areia morna
Tudo era silencio
Tudo era vazio
Só o canto do mar
Que trazia as ondas
Fazendo piruetas
Pareciam dançar
Rodopiavam na praia
Fazia seu charme
De forma sensual
E para o mar retornavam
Fraca e silenciosa
Cansada de esculpir
As reviravoltas das aguas...
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