terça-feira, 9 de setembro de 2014

TUDO É POESIA....







É POESIA EM FORMA DE PAIXÃO

Despertei na madrugada- vaguei
Deparei-me num rio sem fim
Em leitos de versos revivi
Resgatei a poesia dentro de mim...


 Na beira da agua me despi
Banhei-me no mel do teu ser
Desse amor desfolhado
Esqueci teu jeito de ver...

Nas correntezas lá fora
Sob os relevos formados
Vi a poesia sendo levada
Pelas aguas sendo tragada...
No desbravar do rio que avança
Palavras tragadas se vão
É fio de esperança que se alinha
É poesia em forma de paixão...





No amanhecer
Estarei viajando no tempo
Talvez nos braços do vento
Cantando canções
Vivendo emoções
Pensando aonde chegar
Ou quem sabe
Aqui mesmo poder ficar...
No entardecer
Quando a noite chegar
Não sei aonde vou estar
Talvez entre as estrelas
Tentando roubar seu brilho
Alimentando sonhos
Criando poemas de amar...
E se amanhecer
Sem ter o que sonhei
Haverá um vazio
No pensamento lembranças
No papel fragmentos
De tudo que criei
Dos poemas que sonhei
O que restou
Não sei...









Mistérios



Olhei a noite

Senti a magia

Criei poemas imaginários

Vi as palavras sendo levadas

Pela lua encantada...

Fiquei triste

Vi a lua sorrindo

Risquei no pensamento

O resgate que escrevi

Se pudesse ir ao céu

Abraçaria as palavras

Resgataria a poesia

Frases roubadas

Pelo mistério da lua...

Eram palavras reais

Que começava criar

Mas logo fui roubada

Tudo que tentei gravar...

Lua devolve para mim

Salva minha poesia

Em resposta a lua sorriu

E numa nuvem negra

Sumiu...










Saudade

A saudade vive em mim

O momento presente

Instantes eternos

Um segundo

Em ascendente tempo

Aos olhos que não se vai

Ou não chega ao fim...

Vive em mim

A saudade da vida

O cheiro de terra molhada

A brisa que move do mar

O assovio na madrugada...

Tudo vive em mim

A saudade eterna

O amor penetra


Viajei no tempo



E de repente

O encontro de tudo foi encanto

O encanto de um tempo incerto

Para descobri

Para caminhar

Na hora da chegada

O motivo da ida

O encanto do nada...

E de repente

O aperto no peito

Alguém vai sentir

O que estou sentindo

Só o encontro faz sentido...

E de repente

O encontro se faz

Sem medo

Sem mistérios

Sem trancas

De braços abertos

Esquecendo as lembranças...

E de repente

O mistério se fez encanto

O amor corre nas veias

Ocupa espaço

Fazem-se presentes

Viaja no tempo

Dois amores carentes...






Um amor adolescente



Hoje acordei assim

Cantei as canções do vendo

Tive a leveza da brisa

Voei como borboleta

Curtir um grande amor

Realizei...

Hoje acordei

Senti o vento bem leve

Acariciar meu rosto

Vivi aquele momento

Como se estivesse em transe

Fui feliz

Sonhei

Vibrei...

Hoje acordei

Esqueci problemas

Vivi emoções

Deixei as lágrimas

Rolarem livremente

Lágrimas de felicidade

Relaxei...

Hoje acordei disposta

Busquei a felicidade

Sem pensar no amanha

Quero apenas o agora

Viver eternamente

Um amor adolescente..


Poder do vento



Se o vento em teu rosto roçar

E nesse momento

Se lembrar de mim

Ouça o silencio da noite

O uivo do vento

É meu canto

Que faço pra te namorar...

Se o silencio continuar

Ouça teu pensamento

Sou eu a te esperar

Aguardando o momento...

Se o vento mudar de direção

Sou eu me afastando

Não para  voltar

Mas para continuar

Ai no teu coração...

Não fique triste

Em nós existe verdade

Vamos curtir o momento

Da nossa realidade...

Marque o passo no compasso

Espere o tempo chegar

Bem perto

Ou mesmo longe

Estarei a te esperar...

Seguiremos novamente

Em busca dos nossos sonhos

Deixa o vento cantar

Deixa ele te guiar...






Serei tua para sempre


Busquei respostas no vento

Dele recebi caricias

Pedi que cantasse baixinho

E ele virou furacão

Resolvi buscar sozinha

A dor da minha paixão...

A brisa com pena

Fez-se presente

Tentou ajudar

Cantou baixinho

Soprou para o mar

Palavras de carinho...

Do mar

Canta uma voz

Encanta no ar

Com meiguice e ousadia

A mais doce melodia...

À tarde o sol poente

Deslumbrante cenário

Adormeci na areia

Senti-me no paraíso

Sonhei com você na lua

Imaginei ser só tua...

Despertei sem entender

Se aquilo era real

Se o vento soprou ali

Se a lua se fez presente

Só sei dizer com certeza

Serei tua para sempre...




NOSTALGIA



Sai sem destino

Andei nas areias ainda mornas

Do sol escaldante da tarde

Adentrei no mar

Busquei sem saber

O que tentava encontrar...

Um grito vindo de longe

Uma sombra sob as aguas

Desperto do meu êxtase

Sem poder navegar...

O corpo boiando

Cansado de desejar

Volta sem rumo

Passeia pelas pegadas

Deixadas na ida pro mar...

Sem orientação olhei o sol

Parecia fogo querendo saltar

Minhas lágrimas queimando

Meu rosto ardendo do sal

Não era o calor do sol

Era meu coração acelerando...

Vaguei sem bússola

Remei sem barcos

Queimava por dentro

Era fogo querendo saltar

Era nostalgia  vindo do mar...








Foi assim



Entrei no mar

Decidir me molhar

Olhei a pureza da lua

Gamei

Vi as estrelas sumindo

Tímidas e risonhas

Com medo de aparecer

Diante do brilho da lua

Que iluminava sem medo

Nas aguas tranquilas

 Desse mar encantado...

Sem pensar fiz assim

Perdi-me naquele cenário

No canto que vem do mar

No brilho daquele luar...

Andei na areia morna

Tudo era silencio

Tudo era vazio

Só o canto do mar

Que trazia as ondas

 Fazendo piruetas

Pareciam dançar

Rodopiavam na praia

Fazia seu charme

De forma sensual

E para o mar retornavam

Fraca e silenciosa

Cansada de esculpir

As reviravoltas das aguas...


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