domingo, 7 de setembro de 2014

O QUE POSSO FAZER...








O que posso fazer

Com os desejos acalentados
Que foram encaixotados
No fundo da alma?
Com um amor acorrentado
Esquecido num canto
Entre soluços e pranto...

O que fazer
Com a esperança perdida
No infinito do meu ser
Que grita querendo vencer
Uma batalha esquecida...

O que fazer
Com as cartas mal escritas
Que você me escreveu
Sem sentido sem lógica
Relatando o que esqueceu...

O que fazer
Se o coração grita
Do peito querendo sair
Dessa lágrima reprimida
Sem vontade de sorrir...

Fazer o que
Com a lembrança doida
Do abraço que nunca deu
Do beijo que não rolou
Do desejo que em mim ficou...








XXXXXXXXXXXXXXXXX


Nasce o dia
Desperta as horas
Ouça,
É o grito vibrante
De pardais que cantam
Que pulam de galho em galho
Querendo matar a sede
Num ramo orvalhado...
E no beiral da minha janela
Em trepadeiras de jasmim
Gritam cigarras cantoras
Invadindo dentro de mim...
E assim a manha desperta
Trazendo do silencio da noite
Os lampejos de pingos brilhantes
Separando de vez os amantes...
Contudo logo o dia se vai
Lembrança com desejo ardente
O beijo dado com amor
No leito incandescente...


 XXXXXXXXXXXXXXX

Quem sou eu?

Uma visão
Uma miragem
 Dona da razão
Ser eu ser emoção...
Atrasou-se azar
Chego antes nem notam
Errei sou criticada
Acertei nunca elogiada...
Não sou poetisa
Sou sonhadora
Sou sombras de mim
Sou tudo sou sim...
Sou anseios
Sou desejos
Sou quem sou
Sou até o que ficou...
Sou tudo
Não sou nada
O que importa
É ser amada...
Sou eu mesma
Fim por fim
Tudo é meu
O que brota dentro de mim...



 XXXXXXXXXXXXXXXXXXX


O que faço...

Com meus sonhos
Que foram acorrentados
Que estão esquecidos
Nos meus desejos adormecidos...

O que faço...
Com a voz que não cala
Que grita no peito
Explode na alma
Ora aflige ora acalma...
O que faço...
Com esse coração que geme
Em noites de insônia
De esse meu triste sonhar
Na florescência do meu olhar...
O que faço...
Com o medo que ficou
A coragem que faltou
A lágrima que rolou
Diante da desilusão que sonhou...




 XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX



 Amanha...
 Se não mais me vir por aqui
Encontre-me nos versos que fiz
Nas formas erradas em fim
Mas ali tem tudo de mim...

Procura-me n uma lágrima caindo
Numa gota de orvalho surgindo
Em pétalas aveludadas
De flores abandonadas...

Busca-me na imensidão do mar
No arrepio que a brisa trás
No choro do sol desaparecendo
Ou na lua de verso apaixonado...

Se mesmo assim não me encontrar
Saiba que sou como a noite vazia
Desistir de continuar a sofre
Seguirei escrevendo meu verso
Desse meu jeito de ser...

Nenhum comentário:

Postar um comentário