sexta-feira, 24 de abril de 2015

FRÁGIL MENINA OU SELVAGEM MULHER



Acorda cedinho
Floresce o dia
Na haste do desejo

É fetiche da paixão
Na arte de amar puro frenesi
As duas numa só
Se funde sai de menina
Vira mulher
Despida descalça
Joga-se nas aguas geladas
Busca no mar o prazer que sufoca
Amor que esmaga
Paixão que incendeia
No mar vira sereia
Se liberta escancara
Vai além da ousadia
Quando ama é assim
Humilde amante impulsiva
Ser inteira ser eterna
Ter a harmonia das manhas
A serenata das madrugadas
O romper explosivo
De cada anoitecer
De frágil menina
Uma selvagem mulher...



 

















DIRETORA INTERNACIONAL DA DIVISÃO DE LITERATURA INFANTO - JUVENIL
http://ira-poesias.blogspot.com.br/

MEU DIA...

Hoje acordei bem antes que o sol se espreguiçasse, planejando tudo que preciso fazer bem antes que ele resolva chegar e retornar para que lua ocupe seu lugar e a noite escureça e eu não possa continuar. Os pensamentos em turbilhão, fazer uma faxina deixar a casa perfumada depende de mim o dia que teria. Como não sou de reclamar coloquei um belo DVD de Bruno e Marrone e por que reclamar? Se estava ficando cansada era só parar em frente à TV e tudo ficava as mil maravilhas. Tenho mais é que agradecer e ter sabedoria para administrar minha vida se eu tenho ela para desfrutar o nascer do sol. O sabor da brisa passando, os pingos de chuva caindo molhando vidraça. Esse sol lindo que desponta por traz das palmas do coqueiro
Não dou espaço ao tédio, não lamento quando eu posso entusiasmar não choro se posso sorrir não grito se posso cantar, não falo se posso silenciar degustando um belo livro...
E se as coisas não saírem da forma que planejei fico triste, mas logo descubro que posso recomeçar. O sabor de ser feliz está em minhas mãos e tem o sabor do meu sorriso...

Irá Rodrigues




A MENINA...



Era dia quente de arrepiar
Inicio de setembro
Raiar da primavera

Em meio a campos floridos
Surge a mais bela mulher
Blusa branca decote profundo
Seios pequenos pontudos
Calça jeans desbotada
Grudava sensualmente em cada curva
De um corpo escultural
A leveza dos passos
Cabelos soltos ao vento
Na linda boca carnuda
O batom vermelho provocante
De olhos grandes amendoados
Parecia uma deusa
Saída de contos de fada
A menina formosa
Ou doçura de mulher...

DIRETORA INTERNACIONAL DA DIVISÃO DE LITERATURA INFANTO - JUVENIL


 

VIDA DE APOSENTADO



A vida passou você não viu
Acordou atrasado
Nem um bom dia

A correria maluca
Só pensou ganhar dinheiro
Virou escravo do tempo
A vida passou nem percebeu
Aposentado os amigos sumiram
O cansaço ocupou teu corpo
Já não tem um abraço
Não é mais dono do tempo
Entrou numa roda viva
Seu conforto virou problema
O toque do telefone incomoda
Quer se livrar de tudo
Não sabe como
Perdeu férias só trabalhou
Não descansou
Esqueceu as ilusões
Passou pela vida sem saber
Frequentou o mundo
Hoje o mundo se fechou
Esqueceu-se de sorrir
Não teve tempo para amar
Não viu os filhos crescendo
Ficaram adultos e partiram
Entregou seus anos ao egoísmo
A ganancia por dinheiro
A corrida do poder
Esqueceu que o tempo não volta
Até a mulher abandonou..



 

CORPO LRGADO



A moça bonita perdida no nada
Praia deserta dia de chuva
Chuta a areia olha o céu carregado
De pingos gelados de chuva fininha
Sozinha perdida sem medo sem nada
Despe-se todinha deita na areia
Nua e ávida seu corpo excitava
Boiava nas ondas
Que levemente lambia a areia
De seios de fora parecia sereia
Misteriosa saindo do mar
De corpo escultural
Formas sensuais
Ali toda lânguida de corpo despido
Largada de tudo
Despida da vida...

Irá Rodrigues




 

A DONA DO PODER



Quem me dera fosse eu
A voz do vento
O frescor da brisa

O poder dos sonhos
O retorno da ida...
Quem me dera se tivesse
O poder da palavra
O construtor dos poemas
Um decorador de emoções
Um domador de corações...
Quem me dera
Domaria se pudesse
As fantasias da vida
Desenharia a felicidade
Criaria as emoções
Acabaria com a saudade...
Quem me dera se pudesse
Domar o tempo
Controlar o vento
Perpetuar os momentos
Eternizar o amor
Acabar sofrimentos...
Quem me dera fosse eu
A dona do poder...


 
 

QUNTAS VEZES

LUA CHEIA


Dengosa indolente exuberante
Desnuda sem manto
Vira mulher se faz saliente
Exibe-se com cheiro de sexo
É bela menina
Ou fogosa mulher
No mistério do olhar
Faz amor erótico
Às vezes serena envolvente
É o romper das manhas
Outra frenética tempestade
Numa noite nebulosa
E nessa mistura louca
Num explosivo devaneio
Fundem-se lua e mulher
Num galope alucinante
Pelo espaço vagueia.