Não vejo
Não revivo
Deixo atravessar
Ou nem mesmo
ficar...
Passa em mim
Um espectro
Uma lembrança
Saudade, saudade
Só saudade.
Acordei a meia noite
Senti sede
Não de água
Sede de uma bela poesia
Que me envolva
Bem mais forte
Que o sopro do vento
Mais belo que o tempo
Agora, amanhã ou depois...
Esqueci
Preso numa gaveta
Marcas da vida
De horas vividas
Do riso solto
Da alegria
Que contagia
Tudo que planejei
Onde será que deixei?
Vaguei pelo tempo
Num sopro alucinante
Do vento vadio
Em movimento galopante...
Deixei no ar
Rastros de mim
Na centelha da vida
Cheguei ao fim...
Autoria- Irá Rodrigues
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