Olhei direto nas
nuvens
Quando por mim
ela passou
Eram nuvens
risonhas
Só queriam
desabar
Caiu uma chuva
miúda
O sol já não
aparecia
Bom mesmo se o
sol voltasse
Olhei o céu e
lembrei é inverno o sol não vem
E sol com céu
azul só mesmo na primavera
Resolvi perguntar
a lua que surgia apertadinha
Por que chove
tanto?
A lua em resposta
sorriu
E entre as nuvens
sumiu
Parei a beira do
riacho
Engrossado com a
chuva miúda
Sentia-me
encharcada olhei o campo e sorri
E se fosse uma
sementinha
Com certeza
germinaria
E nesse campo
alagado
Uma bela arvore
nasceria
Cansada adormeci
perdida naquele lugar
Quando o
primeiro fio de sol
Brilhou nas águas
paradas
Pisquei pulei da
cama de folhas
Sai pulando de
pedra em pedra
Assustada parei com sons que apareciam
O barulho não
vinha das matas
Era um fio de
água cascateando entre as pedras
Aspirei aquele
mundo de sonhos
O sol querendo
invadir a pureza daquele cenário
A chuva com
teimosia continuava caindo
E eu ali na certeza
do amanhecer
Sem ter mais o
que fazer...
Nenhum comentário:
Postar um comentário