terça-feira, 19 de agosto de 2014

POESIA É O MELHOR ALIMENTO...






 






Vai-se Sol...
Cai-se à tarde
Chega o anoitecer
Ascendem as luzes da rua
No céu brilha a lua...

No mar o mistério
Uma historia revida
De lágrima de riso
A saudade que fica...

Ondas sonolentas
Dançam e rolam
Lambem a areia
É saudade que anseia...

Deixa-me calma
Lava minha alma
É uma dor doída
É saudade que fica...

Nessa linda  praia
Fico perdida
Deixo-me levar
Fico esquecida...

Pedir a Iemanjá
Que leve profundo do mar
Quem hoje me fez chorar
Sem mesmo saber amar...
 








Uma vez só é pouco

Se a vida é um pingo de chuva
Um quase nada, um despertar de emoção.
Para dizer que te amo
Num lapso de paixão...

 Amar-te ao nascer do sol é pouco
Se logo vem a noite e te leva de mim
Vem um novo dia e me mostra um poema
É tempo que se vai meu amor vira um dilema...

Amar-te uma vez só é pouco
Tudo logo se vai se esvai
Meu amor perde a vida, vira ilusão.
Porque fugaz é toda essa paixão...

Fica no corpo de uma saudade
Pedaços de um coração que geme de dor
São momentos vividos de hora esquecida
É tempo que deixa uma paixão sofrida...

Uma vez só é pouco...
Código de texto-3910911




 



Ser eu mesma

Se soubesse escrever poemas
Juro ter a audácia perfeita
Em gestos suaves descreveria
Meus desejos em poesia...

Escandalizava meus anseios
Seria eu mesma
Em formas perfeitas e suaves
Descreveria os momentos vorazes...

E no bailado de uma dança sensual
Teria passo de acrobacia
Leve como o som da harpa
Ser mulher ser fantasia...

 Código de texto-30910916
DE IRÁ RODRIGUES









É poesia é encanto

Voei nas asas do vento
Sobrevoei florestas
Colhi flores
Vermelhas
De todas as cores
Raios de sol
Cores amarelas
Borboletas singelas...
 Nas sombras frondosas
Adormeci
No frescor da manha
Despertei
O cheirinho de erva
Gostinho paz suspirei...
Um lago azulado
Acrobacia de peixes
As cores do arco íris
Penetrando nas aguas
Um verdadeiro deleite...
Som das cachoeiras
Explosão das matas
Aves e aves voando
Plumagem perfeita
É poesia é encanto...









FALSIDADE

Às vezes quando acreditamos em amigos
Vêm as turbulências da vida e nos derruba
Choro lágrimas de desilusão
Lágrima oprimida
Desilusão contida...

Mas encontro o abrigo em outros
E ai meu sorriso brota da alma
Esqueço a desilusão meu coração acalma...

Amigos verdadeiros difíceis encontrar
Fácil te magoar desiludir machucar
As fantasias dos meus sonhos desabam
As certezas de bons amigos acabam...

Estou contida pela desilusão
Essa desilusão que dói no peito
Que me afoga em desalento
Meu desejo está cada vez mais lento...




 





Saudade...
Quando a saudade fica
Em sonhos interrompidos
Detalhes que se  esquece
Amores mal resolvidos...

 Quando tudo acaba
A saudade fica
Dói machuca
Estraçalha...

É choro sem ter razão
É falta deixando um vazio
É tristeza no coração
São atos por impulsão...

É essa saudade contida
É desejo que machuca
É sofrer o bastante
É te querer por instante...

Quando a saudade fica
Tudo mais vai embora
Momentos se perdendo
Mas continuo vivendo...
Jardim da poesia
De Irá Rodrigues
03/01/2013







BORBOLETA MULHER


A borboleta tem tudo a ver
Com as cores de um arco íris
Com as formas sensuais da mulher
Com o sorriso de uma criança
No desabrochar da esperança...

A mulher tem tudo a ver
Com o voo de uma borboleta
Com tal leveza sai da crisálida
Abre-se e ganha o mundo
Na  leveza da alma alada...

Tem tudo a ver
Com o cheiro que exala
Na sensualidade da polinização
A sutileza de um beija flor
Com o poso suave
Da fêmea depois do amor...

A borboleta tem tudo a ver
Com a fragilidade da mulher
Nas acrobacias sensuais
Que só ela faz
Na dança corporal
No voo da imaginação
De uma entrega de paixão...




 




Quem sou eu
Quando chove
Sou as lágrimas da chuva
Com saudades de você...
É noite
Sou o clarão da lua
Ou o brilho das estrelas
Sou ate o sorriso
Que brota da minha boca...
 É dia
Sou o sol
Sou o calor
Quero me bronzear
Aquecer-me...
Procuro saber de onde venho
Talvez da magia da lua
Ou das ondas que desliza
Morrendo lentamente
Nas areias mornas da praia...
O que procuro
Quem sabe o silencio da noite
O agito das manhas
Um entardecer chocante
De um  por do sol
Encanto, encanto...









A noite é para se amar

Ter no encontro as delicia
De um aconchego suave
Deslizar flutuante
Num doce entardecer...

 Suavemente ser despertada
Com o mais louco beijo
De um jeito diferente
  No meio da  turbulência
Ver o coração gemendo...

Corpos ardendo em chamas
Das entranhas emergir suspiros
No toque suave de pele
Viver o mais louco prazer...

E num passe de magica
Parar todos os ponteiros
Fazer a noite continuar
Ela é feita para se amar...
DE IRÁ RODRIGUES
                              




O tempo

Quem sabe
Um dia já envelhecida
O brilho do olhar apagado
O sorriso meio amarelado
O sonho acalentado...
Talvez
Eu possa entender
Os passos que não dei
Os desejos que abandonei
De tudo que sonhei...
Quem sabe
Em plena madrugada
De uma noite enluarada
Eu desperte e possa ver
Que só o tempo
Pode me entender...

Irá Rodrigues





  

Sobre IRÁ
Alguém que veio ao mundo para entender
ou quem sabe questionar..
se escrevo sou feliz
essa é a minha terapia
deixo nas palavras meus sonhos
minhas ideias e fantasias...
nas palavras me encanto
na poesia eu me busco
se me perco
procuro nas palavras
indago as letras
consolo-me com as frases
até que chega o fim...
se quer saber quem sou...
busque-me nos meus poemas
nas horas de solidão
me perco nas palavras
feitas de luz ou de vento...
de amor ou de paixão...
na poesia procuro ri
nas palavras garimpo frases
busco nos versos o certo
procuro a palavra perfeita.
a vida nem sempre é bondosa
um dia nos pega no colo
no outro nos deixa cair...
e assim seguimos em frente
buscando o verdadeiro
EU.......




É PAIXÃO

Uma bela manhã
Enquanto mexe na terra
Corre cuida do belo jardim
Rega rosas colhe jasmim...

Que delicia!
Olhem o que encontra
Uma doce joaninha
Bochechinhas rosadas
Sorriso de menininha...

Olhos doces
Meiga
Linda
Carinhosa
Uma mulher formosa...

O belo moço se encanta
De repente se derrete
É amor não se engane...

Por medo de ela voar
 Cuida rápido de pegá-la
Bem rapidinho
Para o gavião não resgatá-la...

Joaninha menina
Estonteante mulher
A loucura dos seus sonhos
Com ela ele quer ficar...





Hoje...
Nem esse ipê florido
Nem o canto de um sabiá
Vai tirar de mim
Meu direito de amar...
Nem o riacho que corre
Suas águas serenas
Vai tirar meu desejo
De afogar em teu beijo...






Sou
A  lagrima
Da chuva
Que cai...
 O clarão da lua
Escondida
Na tempestade
Cantando versos
Procurando lembranças
Numa gota de saudade



Engraçado

A gente sente saudades de tantas coisas
Até sente falta de coisas bobas
Uma unha encravada
O sapato que apertava...

O pé quebrado todo enfaixado
Do medico que sempre reclamava
Das minhas travessuras sem fim
Até suas palavras que me agasalhava...

Da musica no Cd que arranhava
Na vitrolinha que animava
Tio patinhas balão magico
Musicas que eu adorava...

Do fim de tarde na fazenda
Mas tudo chega ao fim
Lembranças e lembranças
Guardada dentro de mim...

Irá Rodrigues



RESGATE DO PASSADO

Arranjei um minutinho
Vasculhei meu passado
Encontrei objetos em fim
Muitos eram falando de mim...

Alguns elogios de amigos
Criticas por coisas banais
Mas também meus desejos
Escritos em folhas de jornais...

Cartões de tantos lugares
De amores esquecidos
Amigos inesquecíveis
Aniversários vividos...

Achei fotos engraçadas
Cabelos compridos
Outros bem curtinhos
Visuais jamais esquecidos...

Resgatei bonecas
Provas da faculdade
Da infância  a lembrança
Umas alegres
Outras a tristeza de criança...

Encontrei até meu primeiro poema
Meio torto sem sentido
Frases engraçadas
 Do meu jeito vivido...

Encontrei os sonhos perdidos
Daquela menina que chorava
Esperando a mãe que partiu
Mas eram sonhos de menina
No Céu ela já morava...

 Agora chega de lágrimas
Arrumarei minhas gavetas
Sem medo de errar
Limpei minha alma
Hoje eu só quero recomeçar...



Hoje só quero...

Andar na praça
Comer pipoca
Ganhar beijinhos
Cheinhos de carinhos...

Sair de mãos dadas
Ri fazer piada
Ganhar aquele olhar
Ficar encabulada...

Sentar num banco qualquer
Comer algodão doce
Se lambuzar
Ri e se amar...

Abraçadinho olhar a lua
Ouvir bem baixinho
Aquela jura de amor
Derretendo de carinho...

E num sussurro gostoso
Dizer tudo que quer
Faz-me sentir menina
Com desejos de mulher...

 Hoje só quero um abraço dengoso
Que toque meu corpo
Penetre minha alma
Que me deixe toda calma...







Na beira do mar

Semeei meus versos
Quando as ondas
Rolam e voltam
Esqueço o perigo
Busco a força
Dentro de mim...

Disposta a germinar
Envolvo-me todinha
A espera que eles
Tornem a vicejar...

E cada semente brotando
Cada verso criando
Busco das águas do mar
Esse meu jeito de amar...

E nas areias dançarei
Embebida em desejos
Faço da poesia paixão
Quero aplausos
Quero emoção...




CAMINHADA NA BEIRA DO MAR

Aqui me sinto rainha
Ganho a calma
Sonho acordada
Lavo a alma...

No mar desperta a paixão
Traz um alento
Gravo do mar sua canção
Viajo nas ondas sedução...

Do mar trago a poesia
Recito teu canto
Viajo na imaginação
Sou do mar sou a paixão...

Aqui é meu mundo
Trago das ondas meu eu
A poesia é toda minha
No mar sou a rainha...

De volta ao meu mundo
Deixo esse encanto ficar
Amanha com certeza
Aqui vou me encantar...



POESIA É O MELHOR ALIMENTO...



Devorar chocolates alimenta

 Tomar sorvete uma delicia

Alimenta o corpo

É saciar os desejos

Escrever poesias alimenta a alma

Deixa o ar mais leve

Mais cheio de magia

A poesia é a razão de escrever

Tudo que tento entender

Ou mesmo nunca saber

A inspiração não tem hora

Surge no meio do dia

Ou em plena madrugada

Vem de mansinho

Pinga uma letra

Vira poesia

Deixa calminha

 Com vontade de amar

Se terce letrinhas

Tiradas do ar

São letrinhas emaranhadas

Com vontade de brincar...

Fiz das mãos conchinha

Aparei chuva na bica

Com as gotas criei frases

Busquei o feitiço no ar

Fiz poemas delirantes

Na beleza serena das frases

Tentei te conquistar...

Na corrida louca da vida

Aspirei pólen de uma flor

Fiz dele lindas poesias

De semente em semente

Deixei voar no vento

Esse voo foi mais além

Invadiu minha alma

Correu para o mundo

No voo suave do meu poema

No arrepio dos desejos

No infinito do meu verdadeiro eu

Germinou a verdadeira poesia...

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