sexta-feira, 29 de agosto de 2014

MEU JEITO DE ESCREVER...






Indecisão
Na beira da agua
Parada está
Uma moça calada
Não sabe se entra no mar
Navega nas ondas
Ou fica sentada
Esperando a maré chegar...

Ou pegar um barquinho
Indo a qualquer lugar
Invadir a distancia
Na ânsia de chegar
Onde seu amor estar...

Ou corre até um veleiro
Que em alto mar reluz
Ou fica ali chorando
Esperando a vida passar...

Na indecisão não sabe o certo
Esquece o medo
Ou deixa a covardia ficar
Se não vai se arrepende
Se ficar esquece seu amor
Ou larga tudo
E deixa a maré te levar...


Deusa encantada

 Partir rumo a alto mar
Vaguei sem destino
Ancorei num porto qualquer
Numa ilha esquecida
No meio do nada
Numa busca incansável...

Na calmaria perfume gostoso
São plantas e flores de todas as cores
Misturadas com cheiro de mar
Inebria a alma
Contagia o corpo
Um lugar encantado
Propicio para se amar...

Olhei para o mar azul
Às vezes sereno só calmaria
Às vezes frenético com agito profundo
Dos mistérios contraditórios
Funde-se em mim
Sou fúria sou calmaria
Sou erupção vulcânica...




Frescor da manha

Suave brisa chegando do mar
Gotas borbulhantes
Burburinho das ondas
De beleza emergente
Pingos pendentes
Caindo da flor
No vaso esquecido
Numa sede inclemente...

Nas sombras
Coqueiros se agitam
Finalmente o sol
Brilhando e preguiçoso
Por traz das franjas do mar
Puro deslumbramento...

A magia em mim se infiltra
Um poema refeito se parte
Vira estilhaço
No sopro de um duende
Num feitiço de bruxa
Nas vozes do vento
Dando ouvidos ao meu coração...




Escrever é vagar na liberdade
Falar da vida
Redimir a tristeza
Esbanjar na alegria
Falar da saudade
Fluir os pensamentos
Escrever com sentimento...
 Poesia é minha vida
Meu chão
Meu mundo
Na minha reflexão
Vago na ilusão
Em rumo à imaginação...
Na poesia desejo
Um deleite sem fim
A minha realidade
Meu sonho completo
Minha terra meu céu
Sou a vida
A poesia sou eu...
Escrever meu alimento
Meu ar minha paixão
Pela poesia deliro
Vago na noite
Escrevo no dia
Perco-me todinha
Encontro-me na magia...


Na viagem da ida

Tudo retorna ou entorna
O começo recomeça
É o fim é o meio
De uma historia
Que vira rio se enrosca
Muda e deforma...

Momento que se acaba
É perda é ganho
 É renascer é reviver
Vira verso
Nada retorna...

O mundo é a vida
O que se nega
O que se afirma
Há trégua na verdade
Ou na pura mentira
Um se machuca
O outro fascina...

É luta pela mudança
O medo da verdade
Não se confirma
Vira o elo e a ponte
Entre a verdade e mentira
Entre medo e a covardia...



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