sexta-feira, 6 de maio de 2016

UM PARAISO ISOLADO DO MUNDO





Nada mais atrativo
Que um cenário bucólico
No meio dessa beleza
Esse verde convidativo
Apenas a natureza...

Uma casinha perdida
Uma estradinha de barro
Onde se anda a pé
Ali nunca foi um carro...

Ao longe resquício de um velho castelo
Ao fundo uma queda d’água
Encurvando-se atrás da colina
Quanto mais se andava
Mais beleza se encontrava...

Garças brancas se espalhavam
Na beirada de uma aguada
Casinhas com varandas
Uma juntinha da outra
Pintadas de amarela...

 E o vento que sopra fraquinho
Balançando a rede de palha
E na beira do riacho
Nas sombras de um carvalho
Crianças brincando...

Um paraíso isolado do mundo
Sem energia nem televisão
Sem nenhuma tecnologia
Sem barulho sem poluição...

Barulho só de água no rio correndo
Do canto dos passarinhos
Que na varanda fazem seus ninhos...

 Ali o povo vive de humildade
E reinam na maior riqueza
Vivem o luxo de respirar
Ar puro dessa natureza...

De sentar na varanda em noite de luar
Contar uma prosa falar besteira
De brincar, conversar e descansar,
No meio da tarde de uma segunda feira...


Ali não tem dia nem hora marcada
Se desejar se para o tempo
Esticam o dia até a madrugada
Tristeza ali joga no vento...


Vontade eu tive de ficar ali


Depois de uma relaxante caminhada
O sol já querendo dormir
Bandos de passarinhos em revoada
Eu encantada com tudo ali...

Macaquinhos passavam fazendo algazarra
Grupinhos de esquilos se formavam
Pulando e fazendo farra
Outros na palmeira se agrupavam...

Entre o capim alto da beira da estradinha
Uma cerquinha com ramos de alecrim
Onde descansava uma solitária andorinha

E o por do sol entre o rendilhado
De árvores que pareciam uma tela pintada
De longe se avistava  o telhado
De uma casinha encantada...


E a noite logo chegava
Restando só um fiapo do sol
A lua toda prosa iluminava
Um lindo canteiro de girassol...

Por ironia do destino
O passeio chegou ao fim
Resta-me apenas o sonho
Guardado dentro de mim...

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