sábado, 7 de maio de 2016

FALANDO DE MIM





Sou...
Como um dia de verão
Uma energia a te dominar
Desabrocho em cada amanhecer
Apenas para dizer o quanto amo você...
Sou o riso que brota da tua boca
O choro que fica preso
Aquela palavra não dita
De uma paixão contida...
Sou os delírios do teu sono
Sem pensar sou teus desejos
Teus pensamentos mais íntimos
Sou até teus segredos...
Se um dia resolver entender
Estarei sempre aqui
No meu jeito de querer...




 RECOMEÇAR

Arranjei um minutinho
Vasculhei meu passado
Encontrei objetos em fim
Muitos eram falando de mim...
Alguns elogios de amigos
Criticas por coisas banais
Mas também meus desejos
Escritos em folhas de jornais...
Cartões de tantos lugares
De amores esquecidos
Amigos inesquecíveis
Aniversários vividos...
Achei fotos engraçadas
Cabelos compridos
Outros bem curtinhos
Que delicia de carinhos...
Resgatei bonecas
Provas da faculdade
Da infância  a lembrança
Umas alegres
Outras a tristeza de criança...
Encontrei até meu primeiro poema
Meio torto sem sentido
Meu no meu jeito vivido...
Encontrei os sonhos perdidos
Daquela menina que chorava
Esperando a mãe que partiu
Mas eram sonhos de menina
No Céu ela já morava...
 Agora chega de lágrimas
Arrumarei minhas gavetas
Sem medo de errar
Limpei minha alma
Só quero recomeçar...



 


Quero-te

Com tanta ousadia
Que pego a noite
Transformo em dia
Em segundo faço a poesia...

Com versos sem rimas
Meio torto sem jeito
Declamo os meus desejos
Depois daqueles beijos...

E assim viajo na lua
Desembarco em alto mar
Nos embalos das ondas
Delicio-me ao te amar...

E nesse balançar gostoso
Desse mar que encanta
É fúria no corpo
É musica que encanta...



Quem dera...

Tivesse eu o poder
De virar estrela
Sumir no horizonte
Apenas eu e você...

Ou mesmo uma gota no oceano
Cruzaria o mar
Conquistaria o espaço
E poder te amar...

Despertar essa paixão proibida
E quando a noite chegar
Em algum lugar esquecido
Estaríamos bem protegidos...

Dormiríamos ao luar
Trocaríamos aquele beijo
Nossos corpos cansados
Saciados de desejos...

Quando o amanhecer despertar
Ouvir-te-ia falar baixinho
Das coisas ditas
Ou mesmo das esquecidas...

 
Cansei-me

De tentar convencer o sol
Que surge alucinado
Bisbilhotando as nuvens
Impedindo de a chuva cair...

Deixando esse chão sem cor
Onde o verde sumiu
Segredos dos deuses que oscila
Em deixar que as nuvens desabem
Encharcando as entranhas do solo
Até onde o homem aguenta
Essa vida sem consolo...





Era madrugada

Perdi o sono
Peguei uma folha em branco
Rabisquei aleatoriamente
Palavras de diversas funções
Encaixei ficou radiante...

O embalo das ondas do mar
Agitadas como o meu coração
A lua mesmo bela
Tinha uma triste expressão...

Tempo de recolher as magoas
De dores vividas
De ascender à lamparina da alma
Encontrar nos versos minha calma...

Que a poesia vá além dos versos
Que invadam os palcos
Se represente nas telas
Ampliando a visão do poeta...

Que numa linguagem universal
Deixe falar diretamente do coração
Declarando meus sentimentos
Revelando a minha paixão


 



O que faço...

Com meus sonhos
Que foram acorrentados
Que estão esquecidos
Nos meus desejos adormecidos...

O que faço...
Com a voz que não cala
Que grita no peito
Explode na alma
Ora aflige ora acalma...
O que faço...
Com esse coração que geme
Em noites de insônia
De esse meu triste sonhar
Na florescência do meu olhar...
O que faço...
Com o medo que ficou
A coragem que faltou
A lágrima que rolou
Diante da desilusão que sonhou

 


AH! Como queria
Representar o sol
Na sua plenitude poder brilhar
Ter a lua buscar a magia
Ser a chuva e até a tempestade
Ser o poder e nunca a maldade.

Queria ser o passado
O futuro e teu presente
Ser a realidade a verdade
E nunca a falsidade.


Ser a lagrima que te faz chorar
Esse riso que brota do teu olhar
Não ver sofrimento
Ver a alegria da tua vida
Curtir os verdadeiros momentos.

Queria ser à noite
Ser o dia e a madrugada
Ser a tua paixão
O amor e nunca o engano
Ser dona do teu coração.

Queria ter a força do mar
E nunca abandono das marés
Ser um rio que desagua sem volta
Ou quem sabe aquela gota d’água
Que escorre sensualmente do teu corpo.


Ser tua imagem
Refletida no espelho
Enxergar o fundo da tua alma
Desvendar teus mistérios
Afogar-me nesse mar de desejos.



 


Sou assim

Simples
Carinhosa
Amante da poesia
Determinada
Apaixonada
Vibrante como a lua...

Faço assim
Das noites faço dia
Das tristezas alegria
Do choro faço riso
Do desencanto
Encanto.

Sou assim
Serena como as manhas
Ou agressiva como o mar
Nas manhas de turbulência...



 GRATA PELA VISITA.. Irá Rodrigues

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