Poder da natureza
De uma gotinha de agua
Derramei um mar de palavras
Juntei uma a uma
Criei frases
Arrumei fiz melodia
Foram frases calminhas
E foram frases ousadas
De um grão de areia
Perdida na calçada da rua
Fiz rimas mostrei a lua
Ela sorriu e apaixonou
No jardim mal cuidado
Uma flor abandonada
Colhi fiz musica
Dancei nos embalos do vento
Que rodopiava ali
O sol querendo aparecer
Lançava seus raios
Fui à busca da sombra
De uma arvore qualquer
Ali fiz meu abrigo
Adormeci com o som das folhas
Que cantava baixinho
Trazendo um silencio calminho
Senti sede me agitei
Das folhas caíram gotas
Saciei no orvalho
Que cai na madrugada
Nas folhas caídas
Fiz um manto
Do manto macio meu mundo
Fui prisioneira da noite
Na manha fui à leveza
Que brota da natureza...
Mensagens da natureza
Um sopro fraquinho do vento
Acaricia a alma
Embala a vida
Deixa-te leve
Até perde o tempo...
O som de uma cachoeira
Derramando suas aguas
Num ritmo de ousadia
Faz músicas
Traz a magia
É encanto
É melodia...
Se surge uma arvore
As folhas se agitam
Transformam em acordes
Tira da guitarra uma musica
Do violão uma canção
São musicas que contagia
Deixa falar o coração...
A natureza é emocionante
Inspiração para os poetas
Incentivo para os artistas
Recanto para os amantes...
A natureza se entrelaça
E nos compassos da geografia se encontram
Em muitas curvas se perdem ou se entrelaçam
São montes serras e montanhas
São espaços se aranham....
E o tempo muda tudo como diz o Milton Santos
Sempre há um bom geografo por esses cantos
Num riacho num lago num regaço
Nessa imensidão que encanta o espaço...
E são tantos encantos geográficos nada formais
Com ações criminosas trazendo os desiguais
Povoando desmatando tanto impacto desumano
Não só as florestas mas também o
oceano...
O clamor isolado do vale e da rocha
Que triste relembra seu verde e chora
E no côncavo e o convexo
Tudo volta ao reverso...
E assim descrevo a geografia
Em simples versos e poesia
Entrelaçando a natureza
Nessa disciplina de riqueza...
Rio de tormentos
Vi nas aguas do rio
Os meus sonhos sendo levados
Era noite de temporal
Ventania e solidão
Parecia diluvio com tanta inundação...
Vi nas aguas barrentas
Palavras sendo tragadas
Flutuavam rio abaixo
Sem pensar em quem ficou
Eram lindos poemas
Que a correnteza levou...
Andei sem pensar em nada
Corria com a ventania
De repente que surpresa
O sol despontou sorrindo
Parecia dizer que o rio retomaria
Ao seu curso natural
E assim sorri de volta
Meus poemas com certeza
As aguas devolveriam
E o rio com sua beleza
Continuaria seu curso
Esbanjando a natureza...
A GEOGRAFIA
Falo da geografia
Rabiscando uma poesia
Descrevendo o espaço
Feito o laço e o abraço...
Mapeando uma cidade
Comercio ruas e vielas
Bairro nobre e até a favela...
O movimento e a multidão
O emprego da população
Isso trata na geografia
Descrito nessa poesia...
O solo as rochas o homem trabalhando
O campo a fuga as grandes capitais
A tarefa da geografia nas escalas globais
Irá Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário