À tardinha
Entre a areia
morna e a imensidão azulada do mar deslumbra-se o mais lindo cenário do pôr do
sol com suas franjas de cor alaranjadas cinza e roxas avermelhadas. Uma paisagem inigualável a ser descrita nos
versos de um poeta.
E não para por
ai a cada passo uma descoberta, além do emaranhado de cores a formação de dunas ladeadas por pequenas lagoas que se
arrastam a perder de vista. A vegetação rasteira salpicada de flores branca
onde salientes passarinhos vagam em
busca de insetos indefesos. Coqueiros estão por toda parte ornamentando o
gramado da beira da praia.
De encontro ao
mar o abraço do rio impõe sua magnitude por quase todo o trajeto. Areia
esculpida pelas ondas num vai e vem de maré baixa deixando desenhos imaginários
e curiosos para apreciação dos que por ali passam e param para admirar e
fotografar o escândalo da natureza.
Quando a noite
chega à chuva cai o mar se agita a areia é lavada apagando as pegadas. O dia
amanhece o sol brilha o mar se acalma é hora de descansar.
Sem pressa dá para explorar cada espaço, admirar um
barquinho solitário em busca da pesca, um siri que passa apressado enfiando-se
na areia, gaivotas ansiosas a espera de migalhas de peixe, conchinhas largadas
enfeitando a areia.
Presente de Deus é poder ficar por aqui e
relaxar pelo embalo da magia pelo assobio da brisa marinha, lavar a alma esquecer os problemas da vida urbana, sem
aceitar que nada interrompa esse momento
de tranquilidade para celebrar o presente de estar nesse lugar.
Irá Rodrigues
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