segunda-feira, 17 de junho de 2019

O QUE FAÇO...





Com meus sonhos
Que foram acorrentados
Que estão esquecidos
Nos meus desejos adormecidos...

O que faço...
Com a voz que não cala
Que grita no peito
Explode na alma
Ora aflige ora acalma...
O que faço...
Com esse coração que geme
Em noites de insônia
De esse meu triste sonhar
Na florescência do meu olhar...
O que faço...

Com o medo que ficou
A coragem que faltou
A lágrima que rolou
Diante da desilusão que sonhou...


 AMANHA...
 Se não mais me vir por aqui
Encontre-me nos versos que fiz
Nas formas erradas em fim
Mas ali tem tudo de mim...

Procura-me n uma lágrima caindo
Numa gota de orvalho surgindo
Em pétalas aveludadas
De flores abandonadas...

Busca-me na imensidão do mar
No arrepio que a brisa trás
No choro do sol desaparecendo
Ou na lua de verso apaixonado...

Se mesmo assim não me encontrar
Saiba que sou como a noite vazia
Desistir de continuar a sofre
Seguirei escrevendo meu verso
Desse meu jeito de ser...

A NOITE CHEGA

Rompe a madrugada
É chuva caindo
Parece invernada...

Meu coração chora
Afoga se alaga
Essa tristeza doida
Da lagrima retida...

Grita e não sai
Aperta o peito
Sufoca a alma
Amor sem jeito...
Saudade sofrida
Que teima em querer
Gritar alto
O quanto ama você...
 
Mas a voz fica retida
Prende a garganta
No vazio da solidão
Suporto essa paixão...
E que me resta fazer
Sair na chuva
Molhar meu corpo
Chorar por você...

 E nas gotas que caem
Afogar esse amor
De alguém que ficou
Na certeza da dor...




 Irá Rodrigues

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