Vontade de ouvir o canto de pássaros
Mudar o rumo de minha ‘alma
Num voo suave de brisa
Resgatar essa minha calma...
Que na
noite enluarada
Quer ser mar que ser poesia
Quer sussurros ao pé do ouvido
Que ser livre
fluir na magia...
Na preguiça deitar na cama
Alheia ao mundo lá fora
Fechar as janelas puxar as cortinas
Escrever frases criar rimas...
Apagar
o tempo
Acordei encarei o espelho
Que horror!
Assombrei-me no que vi
Eram marcas do tempo mais me reconheci...
Procurei despir-me do que vi
Engoli as lágrimas tentei sorri
Que importa ser assim por fora
Se beleza esbanjo de dentro...
Que posso eu fazer
Com o tempo que passa
A vida acalentada
Nas horas adormecidas...
Apagar o tempo
Como um borrão de tinta
Diante do olhar da vida
Que na tela me pinta...
Sofrer se os anos escapam
Pelas enxurradas da vida
Pelas noites de insônia
Sem retorno da ida...
Perder minha calma
Com a imagem distorcida
Com a lágrima que rolou
Diante o tempo que passou...
Quebrarei os espelhos
Serei como a natureza e brotarei
Quantas vidas vierem
Para ela voltarei...
Não será tu ó tempo
Que apague meu sorriso
E proíba meu alvorecer
Renovarei a cada amanhecer...
Reflexo
Passa em minha vida o reflexo
São momentos presentes
Instantes vividos
Tento esquecer não consigo...
Num segundo do fim
Passa em minha vida
A cor e o desejo da ida
O cheiro de terra molhada
O gostinho de manha orvalhada...
Passa em minha vida
A cortina que se move ao vento
Que invade a madrugada
Trazendo sabor de mar...
Passa em minha vida
O brilho do meu olhar
As lagrimas refletidas
Que rolam sem parar...
Tudo hoje passa em minha vida
A tristeza entra penetra
Machuca
Invade
Eu meu ser um espectro
Uma sombra...
Passa no reflexo do espelho
Talvez um anjo de luz
Um amigo inexistente
Ou apenas pensamentos
São momentos assim
Que vivo nesse momento...
Irá Rodrigues
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