terça-feira, 12 de novembro de 2019

NO AMANHECER





 


Estarei viajando no tempo
Talvez nos braços do vento
Cantando canções
Vivendo emoções
Pensando aonde chegar
Ou quem sabe
Aqui mesmo poder ficar...
No entardecer
Quando a noite chegar
Não sei aonde vou estar
Talvez entre as estrelas
Tentando roubar seu brilho
Alimentando sonhos
Criando poemas de amar...
E se amanhecer
Sem ter o que sonhei
Haverá um vazio
No pensamento lembranças
No papel fragmentos
De tudo que criei
Dos poemas que sonhei
O que restou
Não sei...



TUDO A VER
A vida tem tudo a ver
Com seu jeito de ser
Com as cores que você pinta
As formas que você vive
Os sabores da alegria
A magia de uma musica
Até quando você brinca...
A vida tem tudo a ver
Com o sorriso que você dar
Com o abraço que recebe
O amor dos enamorados
As lágrimas que sempre rolam
Dos olhos pedindo amor
Nos corações apaixonados...
A vida tem tudo a ver
Com o doce raiar do sol
Com a dança que a chuva faz
Nas cores do arco íris
O retorno do vai e vem
O brilho meigo da lua
Dos olhos encantados
Na explosão dos enamorados...



ENCANTO

Ah! Se eu pudesse
Buscaria no mar
O encanto pra te encantar
Nas areias brancas da praia
Usaria para te amar...
Ah! Se eu pudesse
Ver no encanto dos teus olhos
A cor da minha paixão
Amar-te-ia sem pensar
Usaria teu coração...
Ah! Se eu pudesse
Buscaria onde fosse
Mostraria meu desejo
Enxeria-te de beijos
Jamais morreria de amores...
Ah! Se eu pudesse
Afogaria nas aguas
O sal das minhas lagrimas
Secaria os meus olhos
Procurava sempre a razão
Que se chama coração...



Busco nos passos

Busco nos passos
Meu compasso de emoção
No meu riso tua angustia
No seu pranto a esperança
Dos nossos carinhos
Apenas lembranças...
Busco nos sonhos
As cores do arco íris
Um ser querendo a vida
Ver a alma cantando
Os desejos na busca da ida...
Não sei mais
Saio
Busco
Rebusco
Meu arco íris perdeu as cores
Meus passos
Não tem mais compassos
Os sonhos se foram
Nem o sol aparece
Minha vida ficou assim
Lentidão
Solidão
Frases soltas
Frases perdidas
Continuo buscando nos passos
A certeza do compasso...




ÀS VEZES  

Às vezes acordo assim
Calma como pássaros no ninho
Tranquila como brotos orvalhados
Tudo é colorido
São ramos pesados de rosas
Um arco íris vibrante de cores
Levanto sorrindo...
Às vezes
Sou um mar sereno
A lentidão das ondas
Com preguiça de avançar
Decoro a vida
Volto a andar...
Às vezes fico assim
Impossível amar
Saio do limite
Sou fria
Sou fúria
Sou fraca
Sou silencio
Sou como as ondas
Que batem velozes
E voltam depressa
Sem vontade de ficar...

Irá Rodrigues


QUEM ME DERA

Quem me dera fosse eu
A voz do vento
O frescor da brisa
O poder dos sonhos
O retorno da ida...
Quem me dera se tivesse
O poder das palavras
O segredo dos poemas
O valor das emoções
Ou dominador dos corações...
Quem me dera
Domaria se pudesse
As fantasias da vida
Desenharia a felicidade
Criaria os prazeres
Acabaria com a saudade...
Quem me dera se pudesse
Domar o tempo
Perpetuar os momentos
Eternizar o amor
Acabar sofrimentos...
Quem me dera fosse eu
Dona do poder...










SOL NASCENTE

Indomável sol
Contagiante esplendor
Se for verão nos chama
É inverno nos anima
Invade janelas
Penetra minha alma...
Movimenta as estações dos amantes
É impertinente
Pedante
É o mesmo sol de antes...
Sol que traz o encanto
Que encanta
Esbanja
Muda as estações
Não tem clima
Nem horas
Tudo dele é incrível
São retalhos do tempo
Amanhece
Teus raios encantam
Vai chover
Recolhe-se
Inibe
Pisca o olho
De mansinho se faz presente
Encanta
Insinua
Traz movimentos
Aquece
Brilha
O sorriso volta
As praias se enchem
É verão
Lá está o sol
Sorrindo pra te bronzear.

Autoria- Irá Rodrigues











Se pudesse
Mandaria o ontem
Escorrer no ralo
Deixar se perder
E o que sobrar
Transformaria em paz
Sem trégua
Sem espaço
Mas o que faço?
Se pudesse
Nesse novo dia esqueceria
O que se agrava
Não se apaga
Fica na memoria
Torna-se historia...
Se pudesse
Fecharia as portas
Trancaria as janelas
Nem os olhos abririam
Recusaria as caricias
De um amor que se congela...
Se pudesse
Seria hoje
O que não fui ontem
Deixaria transbordar
Essa fúria interna
Que se queima
Se dispersa
Pelo ferir das palavras...









Viagem
Sou viajante
Fui ao céu
Pisei as nuvens
Vi estrelas brilhar
Contemplei a lua
Que na escuridão da noite
Vem nos iluminar...
Viajei pra o sol
Vi a luz que ofusca
Vi seu jeito de brilhar
Toquei nos raios
Senti me queimar...
Viajei nas estradas
Contemplei lugares
Rios desaguando
Como meu pranto
Que não para de rolar
Continuei mesmo assim
No meu jeito de andar...
Viajei na solidão
Chorei
Só fiquei
Busquei no mar a força
Machuquei-me...
Viajei nas montanhas
Vi a gaivota solitária
O canto alegre de pássaros voando
Senti-me uma deusa
No meio daquele canto...
Sou viajante dos cantos
Das canções da brisa
Do uivo do vento
Amei os pássaros cantando
Imaginei uma gaivota voando...
Viajei no passado
Imaginei a noite
O clarão da lua
O canto de versos tristes
Que nas recordações passadas
Afoguei-me nas lágrimas...



LIBERDADE

Sou as lagrimas da chuva
Em noite de tempestade
Molha
Amedronta
Sou um rio
Transborda
Explode
Vem à tona
Tudo que há dentro de mim...
Sou a lua
Canto versos de felicidade
Busco
Rebusco
Uma gota de saudade...
Sou a liberdade
Sou livre
Exploro regiões
Curto o por do sol
Na busca da tranquilidade...
Sou a agua da cachoeira
Que cai fria
Funde-se no solo
Desagua
Encharca
Molha os campos
Na alegria da descoberta...
Sou uma deusa encantada
Caminho na chuva
Procuro abrigo
Busco uma gota de saudade
O caminho que eu possa
Conhecer a liberdade...






Reflexo

À tardinha
Abro a janela
Encaro o azul infinito
Ausento-me de tudo
O sol se põe
Expõe-se
Vibra
Vai-se...
Nas aguas azuis
Somente uma imagem
A lua radiante
Reflete como espelho
Parece que dança
Nas aguas tranquilas
Cansadas de rolar...
O dia amanhece
A lua se vai
Como meu sonho
Feito
Desfeito
Refeito...
É noite
Uma folha cai
As estrelas brilham
Saio a tua procura
Não te encontro mais
Só reflexo de uma lua...

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