Estarei viajando
no tempo
Talvez nos braços
do vento
Cantando canções
Vivendo emoções
Pensando aonde
chegar
Ou quem sabe
Aqui mesmo poder
ficar...
No entardecer
Quando a noite
chegar
Não sei aonde vou
estar
Talvez entre as
estrelas
Tentando roubar
seu brilho
Alimentando
sonhos
Criando poemas de
amar...
E se amanhecer
Sem ter o que
sonhei
Haverá um vazio
No pensamento
lembranças
No papel
fragmentos
De tudo que criei
Dos poemas que
sonhei
O que restou
Não sei...
TUDO A VER
A vida tem tudo a
ver
Com seu jeito de
ser
Com as cores que
você pinta
As formas que
você vive
Os sabores da
alegria
A magia de uma
musica
Até quando você
brinca...
A vida tem tudo a
ver
Com o sorriso que
você dar
Com o abraço que
recebe
O amor dos
enamorados
As lágrimas que
sempre rolam
Dos olhos pedindo
amor
Nos corações
apaixonados...
A vida tem tudo a
ver
Com o doce raiar
do sol
Com a dança que a
chuva faz
Nas cores do arco
íris
O retorno do vai
e vem
O brilho meigo da
lua
Dos olhos
encantados
Na explosão dos
enamorados...
ENCANTO
Ah! Se eu pudesse
Buscaria no mar
O encanto pra te
encantar
Nas areias
brancas da praia
Usaria para te
amar...
Ah! Se eu pudesse
Ver no encanto
dos teus olhos
A cor da minha
paixão
Amar-te-ia sem
pensar
Usaria teu
coração...
Ah! Se eu pudesse
Buscaria onde
fosse
Mostraria meu
desejo
Enxeria-te de
beijos
Jamais morreria
de amores...
Ah! Se eu pudesse
Afogaria nas
aguas
O sal das minhas
lagrimas
Secaria os meus
olhos
Procurava sempre
a razão
Que se chama
coração...
Busco nos passos
Busco nos passos
Meu compasso de
emoção
No meu riso tua
angustia
No seu pranto a
esperança
Dos nossos
carinhos
Apenas
lembranças...
Busco nos sonhos
As cores do arco
íris
Um ser querendo a
vida
Ver a alma
cantando
Os desejos na
busca da ida...
Não sei mais
Saio
Busco
Rebusco
Meu arco íris
perdeu as cores
Meus passos
Não tem mais
compassos
Os sonhos se
foram
Nem o sol aparece
Minha vida ficou assim
Lentidão
Solidão
Frases soltas
Frases perdidas
Continuo buscando
nos passos
A certeza do
compasso...
ÀS VEZES
Às vezes acordo
assim
Calma como
pássaros no ninho
Tranquila como
brotos orvalhados
Tudo é colorido
São ramos pesados
de rosas
Um arco íris
vibrante de cores
Levanto
sorrindo...
Às vezes
Sou um mar sereno
A lentidão das
ondas
Com preguiça de
avançar
Decoro a vida
Volto a andar...
Às vezes fico
assim
Impossível amar
Saio do limite
Sou fria
Sou fúria
Sou fraca
Sou silencio
Sou como as ondas
Que batem velozes
E voltam depressa
Sem vontade de
ficar...
Irá Rodrigues
QUEM ME DERA
Quem me dera
fosse eu
A voz do vento
O frescor da
brisa
O poder dos
sonhos
O retorno da
ida...
Quem me dera se
tivesse
O poder das
palavras
O segredo dos
poemas
O valor das
emoções
Ou dominador dos
corações...
Quem me dera
Domaria se
pudesse
As fantasias da
vida
Desenharia a
felicidade
Criaria os
prazeres
Acabaria com a
saudade...
Quem me dera se
pudesse
Domar o tempo
Perpetuar os
momentos
Eternizar o amor
Acabar
sofrimentos...
Quem me dera
fosse eu
Dona do poder...
SOL NASCENTE
Indomável sol
Contagiante
esplendor
Se for verão nos
chama
É inverno nos
anima
Invade janelas
Penetra minha
alma...
Movimenta as
estações dos amantes
É impertinente
Pedante
É o mesmo sol de
antes...
Sol que traz o
encanto
Que encanta
Esbanja
Muda as estações
Não tem clima
Nem horas
Tudo dele é
incrível
São retalhos do
tempo
Amanhece
Teus raios
encantam
Vai chover
Recolhe-se
Inibe
Pisca o olho
De mansinho se
faz presente
Encanta
Insinua
Traz movimentos
Aquece
Brilha
O sorriso volta
As praias se
enchem
É verão
Lá está o sol
Sorrindo pra te
bronzear.
Autoria- Irá
Rodrigues
Se pudesse
Mandaria o ontem
Escorrer no ralo
Deixar se perder
E o que sobrar
Transformaria em
paz
Sem trégua
Sem espaço
Mas o que faço?
Se pudesse
Nesse novo dia
esqueceria
O que se agrava
Não se apaga
Fica na memoria
Torna-se
historia...
Se pudesse
Fecharia as
portas
Trancaria as
janelas
Nem os olhos
abririam
Recusaria as
caricias
De um amor que se
congela...
Se pudesse
Seria hoje
O que não fui
ontem
Deixaria
transbordar
Essa fúria
interna
Que se queima
Se dispersa
Pelo ferir das
palavras...
Viagem
Sou viajante
Fui ao céu
Pisei as nuvens
Vi estrelas
brilhar
Contemplei a lua
Que na escuridão
da noite
Vem nos
iluminar...
Viajei pra o sol
Vi a luz que
ofusca
Vi seu jeito de
brilhar
Toquei nos raios
Senti me
queimar...
Viajei nas
estradas
Contemplei
lugares
Rios desaguando
Como meu pranto
Que não para de
rolar
Continuei mesmo
assim
No meu jeito de
andar...
Viajei na solidão
Chorei
Só fiquei
Busquei no mar a
força
Machuquei-me...
Viajei nas
montanhas
Vi a gaivota
solitária
O canto alegre de
pássaros voando
Senti-me uma
deusa
No meio daquele
canto...
Sou viajante dos
cantos
Das canções da
brisa
Do uivo do vento
Amei os pássaros
cantando
Imaginei uma
gaivota voando...
Viajei no passado
Imaginei a noite
O clarão da lua
O canto de versos
tristes
Que nas
recordações passadas
Afoguei-me nas lágrimas...
LIBERDADE
Sou as lagrimas
da chuva
Em noite de
tempestade
Molha
Amedronta
Sou um rio
Transborda
Explode
Vem à tona
Tudo que há
dentro de mim...
Sou a lua
Canto versos de
felicidade
Busco
Rebusco
Uma gota de
saudade...
Sou a liberdade
Sou livre
Exploro regiões
Curto o por do
sol
Na busca da
tranquilidade...
Sou a agua da
cachoeira
Que cai fria
Funde-se no solo
Desagua
Encharca
Molha os campos
Na alegria da
descoberta...
Sou uma deusa
encantada
Caminho na chuva
Procuro abrigo
Busco uma gota de
saudade
O caminho que eu
possa
Conhecer a
liberdade...
Reflexo
À tardinha
Abro a janela
Encaro o azul
infinito
Ausento-me de
tudo
O sol se põe
Expõe-se
Vibra
Vai-se...
Nas aguas azuis
Somente uma
imagem
A lua radiante
Reflete como
espelho
Parece que dança
Nas aguas
tranquilas
Cansadas de rolar...
O dia amanhece
A lua se vai
Como meu sonho
Feito
Desfeito
Refeito...
É noite
Uma folha cai
As estrelas
brilham
Saio a tua
procura
Não te encontro
mais
Só reflexo de uma
lua...
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