CORAÇÃO FERIDO
Bate
descompassado
Naquele ritmo
sofrido
Bobo e apaixonado
Coração ferido...
E agora o que
faço
Com esse coração
Partido em
pedaços
Buscando uma
solução...
REVIVENDO
Momentos vividos
Falei de alguns segredos
Outros eu encaixotei
No passado deixei
Esquecidos...
Juntei frases soltas
Algumas eu apaguei por receio
Que os versos mostrassem meus anseios..
Colei fragmentos
Pelo tempo quebrado
Momentos bons do passado
Registro dos meus
Sentimentos...
Nessas lembranças
Revivi momentos tristes
Outros eu vibrei de alegria
Sorri, chorei
Mas nunca perdi a esperança...
EU E VOCÊ
Na relva esculpi meus desejos
Usei lápis de cor na escrita
Para perfumar a poesia
Cheirinho de bosque
Eucalipto
Alfazema
Jasmim...
Gostinho com sabores
Mel com canela
Morangos
Bombons caramelados
Tudo com agua na boca...
Com docinhos de romã
Perfumes de flores
Beijinho de hortelã
Delicias no raiar da manhã...
Sabores e aromas
Um delicioso bem querer
É cântico
É poesia
É amor eu e você...
ESSE MEU JEITO DE
SER
Faço versos de
amar
Traço linhas sem
querer
Perco-me no
jardim
Colho do vento o
perfume
Deixado por
lindas flores
É assim que me
inspiro
Para fazer em
versos
A magia em todas
as cores...
Eu juro que tenho
ciúmes
Do encanto desse
jardim
Depois de muito
sorri
Colho pétalas e
mais pétalas
Faço um tapete no
chão
Largo-me sem medo
Escrevo com
paixão...
As coisas boas da vida
Estão em doces momentos
Regadas de sentimentos
Emoções e alegrias
Que nosso final de semana
Seja lindo e verdadeiro
Repetindo por inteiro
As emoções de cada dia
A verdadeira amizade
Toda regada com sinceridade
Que a noite seja esplendidamente
Recheada com tudo que temos direito
Amor, carinho, um bom vinho.
Jantar a luz de vela e o melhor de tudo
Uma bela companhia...
SER POETA TALVEZ
Um dia escrevi um verso
E quis ser poeta
Vi-me apaixonada
Por esse universo...
Já fiz um poema
Publiquei um livro
E nem por isso
Eu sou poeta...
Faço versos rimados
Sou eterna aprendiz
Escrever é o que sempre quis
Meus poemas
apaixonados...
Aprendiz eu serei eternamente
Poeta um dia eu serei
Em outra eternidade talvez...
BOBAGEM
Até cansei de ser eu
De malas prontas fiz uma viagem
Não gostei de nenhuma personagem
Olha o que aconteceu...
Mudei de universo
Vasculhei o meu avesso
Todo bagunçado, - eu mereço,
Resolvi ser eu na simplicidade do meu verso...
Bobagem eu tentar mudar
Fugir da mesmice, esquecer a ilusão,
Tudo só
está bem com apoio do coração
Então! -Resolvi no meu mundinho ficar...
Nos meus versos continuar a sonhar
Esquecer essa ideia de mudança
Isso com certeza é coisa de criança
Que tenta querer mudar...
Fingir
Que tudo é felicidade
E quem sabe
Esquecermos tudo que não cabe
Na nossa realidade.
Miséria
Podridão
Violência
Preconceito
Essa falta de opção...
Melhor fingir
Que é possível
Fazer de conta
Que não existe
Ruas sujas
Lixo acumulado
Saúde precária
Povo desordeiro
E político
Nadando em dinheiro.
Fingir
E quem sabe um dia
Podemos sentar na praça
A paz reinando
Sorriso de criança
O povo se animando
Seria um belo tema para a minha poesia...
Irá Rodrigues
SE A CHUVA CAI
É hora de afofar a terra
Misturar esterco
Plantar sementes,
Esperar que o bom tempo
Ajude ela
germinar.
Alguns dias depois
Aparece empurrando a terra
Ajoelhadas de canelinhas finas
Logo aparecem as sainhas
Duas folhinhas se balançando,
Hora de replantar
Cada mudinha
Em seu lugar.
A VIDA É ASSIM
A gente acorda planeja tudo que deseja
Vem à vida muda tudo nos traz surpresas,
Como buscar a melhor forma de entender
Aquilo que nunca nos preparamos para viver.
Uma lembrança, aquele aperto no coração,
Um desejo de que tudo volte no tempo
Que os momentos bons que se viveu
Restou apenas a saudade de tudo que se perdeu...
E como diz o ditado mais certo que existe
Resta apenas tentar entender que a vida não se acaba
A vida Deus fez para ser vivida e poder acreditar
Que em algum lugar ela vai continuar...
Todos os dias uma flor murcha no jardim
E outras tantas chegam para florir
Mas aquela que foi arrancada sem avisar
Sempre o seu perfume ficará no ar...
No coração na saudade, na lembrança,
Em cada gesto, em cada fotografia guardada
Mas aquela certeza de que tudo tem um fim
E a flor que murchou, reviveu em outro jardim...
Irá Rodrigues.
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