segunda-feira, 2 de março de 2015

O ENCANTO E A POESIA... MARÇO 2015





 


ADORARIA
Ser uma gota d’água
Que desliza nas curvas suaves
Do teu corpo depois do banho
Ser um simples grão de areia
Esquecido no banco do carro
Depois que volta da praia
Ser uma flor esquecida
No jardim da saudade.
Ser um rio que alarga sem volta
Ser aquela sementinha
Que germina depois do temporal
Ser eu mesma
Ser você...














É dia de sol
De folia de mar
De barulho das ondas
De gostinho de ficar...
É fim de tarde
Por do sol
Sorriso de lua
Da rima e do verso
Da poesia e do canto
Do abraço
O encontro
Do rio com o mar
Acorrentados estão
Nessa linda imensidão
Feito a alma e o coração
Unidos numa só canção...













Feito beijo de beija flor
Beijou-me com um leve sopro
Como não quer acreditar
Que não tem certeza de nada
Ou que eu possa te enfeitiçar...

De que meu beijo possa despertar
Seus anseios desejos de mim
Teu roçar levemente nos lábios
Parece sopro sem fim...

E o beijo de beija flor
Beija como se sugasse meu mel
Em meu coração desejo brotando
O apelo por te clamando...

Esse grito que não quer calar
Afoga-me nesse mar de beijos
Ou deixa-me despedaçada
No silencio dos meus desejos...











BEM CEDINHO
Andando na praia
Lá estava você
Vindo em minha direção
Ao lado seu cão de estimação....

Um deus grego na beira do mar
Aquele sorriso de encantar
Vindo de Stela Mares Itapuã sei lá...

Quanto mais eu andava
No meio daquela paisagem
Mais longe você ficava
Era apenas uma miragem...

Eram dez horas da manhã
Ali resolvi ficar
Sol quente ondas rolando
Eu sonhando te encontrar...

Mas o dia se foi
A noite chegou
A lua me trouxe a certeza
De que o sonho acabou..
.











Vamos juntos
Ver o por do sol
E nessa magia
Amam-me
Deseja-me...

E deixa que a lua
Derrame seus raios
Que beije o mar
Para a gente se amar...

Em pleno luar
Despe-me sem rigor
Corpos entrelaçados
Nas loucuras desse amor...

Esqueço o medo
É amor
Excitação
É maré cheia
Desejo de amar
Na pureza do luar...









Quem me dera
Fosse eu
A voz do vento
O frescor da brisa
O poder dos sonhos
O retorno da ida...
Quem me dera se tivesse
O poder da palavra
O construtor dos poemas
Um decorador de emoções
Um domador de corações...
Quem me dera
Ser ter a fantasia da vida
Desenharia a felicidade
Criaria as emoções
Acabaria com a saudade...
Quem me dera se pudesse
Domar o tempo
Controlar o vento
Perpetuar os momentos
Eternizar o amor
Acabar sofrimentos...
Quem me dera ....













Ser poeta
É ser capaz de compor teu sorriso
Gravar tua voz nos versos
Recitar teu som te imaginar
Transmitir na tela o reflexo do teu olhar...

Sentir teu cheiro solto no ar
Rabiscar na poesia teu jeito
Fazer esboço do teu corpo
Mesmo de um jeito torto...
Registrar tua imagem na escuridão
Ler teus pensamentos viajar
Fazer versos escrever poemas
Sentir as batidas do teu coração...
Nas ondas do teu corpo viajar
Escrever nossa historia
Desvendar essa louca paixão
Trilhar sem pressa na imaginação...
















MAR DE ENCANTOS

O mar é lindo e perigoso
De longe apaixonante
De perto um encanto
Convidativo e deslumbrante
Reflete como espelho
Brilha na noite
Encanta os dias
Parece diamante
Amanhece calminho feito menina
Dorme tranquilo depois de cansado
Ganha força se revolta
São águas de pura beleza
Perigosa e traiçoeira
Quem conhece nele avança
Baila pega onda
Quem desconhece se agita
Confia na sua leveza
Vai com vontade se esbalda
Sem retorno
Sem saída
O mar atrai com paixão
Mas mata sem compaixão
Leva quem nele se atreve
A disputar seu poder
O mar não tá nem ai
São tantos que ele lava
E continua sorrindo
O sorriso contente de menino travesso
Mas um dia ele devolve
Quem no seu fundo dorme
A água do amar é encanto
Não tem pernas nem braços
Leva sem sentimentos
Sem devolver o abraço...

















 











Liberdade
Sou as lágrimas da chuva
Em noite de tempestade
Molha
Amedronta
Sou um rio
Transborda
Explode
Vem à tona
Tudo que há dentro de mim...
Sou a lua
Canto versos de felicidade
Busco
Rebusco
Uma gota de saudade...
Sou a liberdade
Sou livre
Exploro regiões
Curto o por do sol
Na busca da tranquilidade...
Sou a agua da cachoeira
Que cai fria
Funde-se no solo
Desagua
Encharca
Molha os campos
Na alegria da descoberta...
Sou uma deusa encantada
Caminho na chuva
Procuro abrigo
Busco uma gota de saudade
O caminho que eu possa
Conhecer a liberdade...



Irá Rodrigues
DIRETORA INTERNACIONAL DA DIVISÃO DE LITERATURA INFANTO-JUVENIL



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