terça-feira, 22 de outubro de 2024

LEMBRANÇAS


 

Com certeza não esquece

E quem não sente saudade

Das belas aventuras

Mesmo vivendo na cidade

Era vida de verdade.

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 As luzinhas dos vagalumes

Deixando a noite encantada

E quando o dia amanhecia

Ouvindo o canto da passarada

E brincar de esconde, esconde

Do meio da milharada.

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E as noites de Lua cheia

Se sentava no terreiro

Ouvindo aquela proza

Nem se acendia o candeeiro

A luz era tão brilhante

Como se fosse um fogareiro.

E na época do milho maduro

Enquanto o milho assava

O avô que era sábio

Uma boa história contava

E se fosse de assombração

A meninada gostava.

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Criança hoje desconhece

O canto de um vaqueiro

Na caatinga atrás do gado

Invadindo o tabuleiro

E na luta atrás do boi

Se passava o dia inteiro.

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Eram tantas histórias

Que a noite se ouvia

As mentiras do pescador

Que contava com alegria

Já pescou até tubarão

Mas se ali não existia.

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Não tem relógio melhor

Que despertar com o galo

A seguir canta a cotovia

E de longe se ouve

O relincho do cavalo

Quando apontava na estrada

Trazendo o velho Gonçalo.

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Irá Rodrigues

 

 



 

 

 

 

 

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