O homem levanta cedo
Coloca no ombro a enxada
Feliz vai pisando
Naquela terra molhada
É as bênçãos do campo
Na época da invernada.
Com alegria ele vai cavando
Planta macaxeira e batata
O milho e o feijão
Pra ter uma safra farta
Enquanto ele trabalha
O passarinho canta na mata.
Olha a roça que beleza
O gado se alimentando
Com a fartura do verde
Galo e galinhas engordando
E o homem com a família
Segue comemorando.
Lá embaixo olha o rio
Não tem o que reclamar
À tardinha pega o anzol
E senta para pescar
Volta pra casa sorrindo
Ali vai o seu jantar.
Anda de pé no chão
A terra é sua
alegria
Passa outono e inverno
A natureza irradia
É pede proteção
Em cada raiar do dia.
Quem vive na cidade
Pode até não saber
Que a vida da roça
Tem muito pra se viver
Tem as noites enluaradas
E um lindo amanhecer.
Ouvindo o canto da passarada
Nos braços de uma poesia
O cheirinho do café
Vem aquela alegria
Um dedo de prosa
E a labuta de todo dia.
Ainda o Sol dormindo
Apressado o galo canta
É o dia vai raiando
O trabalhador levanta
Hora de tirar o leite
Pro curral se adianta.
A mulher vai pra cozinha
Bem cedo tá de pé
Esperar a criançada
Pra tomar o café
Chega com leite quente
O velho seu José.
E lá vai o trabalhador
Pro pasto levar o gado
Cela o seu cavalo
E nele vai montado
Depois pega a foice
E segue para o roçado.
A tardinha volta cansado
Feliz com aquela
grandeza
O verde se perde de vista
Na bela mãe natureza
Vida na roça é rica
Não se tem maior riqueza.
Irá Rodrigues
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