terça-feira, 22 de outubro de 2024

MINHA POESIA

 


 

Tem cheiro de mato molhado

Canto de passarinho

Quando desperta do ninho.

Tem sabor de manhã

Gostinho de orvalho

Aroma de flores

Pendidas no galho.

Tem gosto de café coando

Aconchego na cozinha

Sabor de pãozinho assando.

 

 

Autoria-Irá Rodrigues

Santo Estevão-BA

https://ira-poesias.blogspot.com/

 



SONETO DA ESCRITA

 

Escrever é minha paixão

Trago frases da minha alma

E tudo que vem do coração

É algo que me acalma.

 

Nos versos tenho liberdade

Posso pegar a Lua durante o dia

Com toda naturalidade

Prendo em minha poesia.

 

Às vezes sigo sem rumo

Escrevo até bobagem

Rabiscando perco o prumo

Só nunca perco a coragem.

 

Autoria-Irá Rodrigues

Santo Estevão-BA

https://ira-poesias.blogspot.com/





O HOMEM DO CAMPO


 

Quem foi criado na roça

Não lhe falta o sustento

E se sobra pode vender

A fartura do alimento

Então cuide da natureza

Nem lhe cause sofrimento.

 

O homem que planta sabe

A importância de conservar

Só desmate o que precisa

Pra sua lavoura plantar

E assim o seu sustento

Nunca irá lhe faltar.

 

No campo de tudo tem

Porco, galinha e o ovo

Verduras e frutas frescas

Para alimentar o seu povo

E cada época de plantar

Começa tudo de novo.

 

E de tudo é produzido

Milho, batata, aipim e feijão

Tomate, couve e abobora

Leite, doce e requeijão

A natureza fornece tudo

É só cuidar bem do chão.

 

Água no rio a vontade

Lugar feliz para se morar

Terreiro cheio de ovelhas

E ainda pode pescar

A vida na roça é boa

E não ficam sem estudar.

 

Tudo que se planta dá

Isso é uma riqueza

O gado berrando feliz

Pastando na natureza

Quem gosta de trabalhar

Nada lhe falta na mesa.

 

Autoria- Irá Rodrigues

Santo Estevão-Bahia

              Brasil

 

 

LAVADEIRAS

 


 

 

É costume na roça

Onde se vive uma história

A tradição das lavadeiras

Seguindo sua trajetória

Cada uma com seus saberes

Trazidos na memória.

 

Essa tarefa é tradição

Vindo de uma vida dura

Muitas são analfabetas

Não conhecem a leitura

Mas trazem a sabedoria

Se conserva a cultura.


Na beira do ribeirão

 Chega cedo a lavadeira

Bota a roupa no coarador

E começa a brincadeira

Entre um banho e outro

Passa a manhã inteira.

 

Quando elas se juntam

Tem causos para contar

Uma traz a novidade

E começam a versejar

É roupa sendo lavada

Botando para secar.


Quem mora na roça

É assim é a rotina

Dorme na boca da noite

Acorda na matina

O exemplo começa cedo

Desde a vida de menina.



Autora- Irá Rodrigues

NA ROÇA

 


 

Lá nas bandas do riacho

Tem um velho Juazeiro

Onde o gado descansa

O urubu faz seu poleiro

Se não acha o que comer

Voa dali ligeiro

.

Tem uma bela aguarda

Que é mesmo uma beleza

Em volta se enrola o verde

Como é linda a natureza

E o homem do avarandado

Se orgulha daquela grandeza.

 

Pertinho da casa tem

O canto do passarinho

O quero, quero gritando

Na beirada do caminho

E a coruja medrosa

Escondida no seu ninho.

 

Tem o velho bode Tião

Que tem medo da chuva

É só o tempo mudar

Ele aparece na curva

Coloca seu cachecol

E não esquece a luva.

 

Autoria-Irá Rodrigues.

.

A VIDA NA ROÇA

 


O homem levanta cedo

Coloca no ombro a enxada

Feliz vai pisando

Naquela terra molhada

É as bênçãos do campo

Na época da invernada.

Com alegria ele vai cavando

Planta macaxeira e batata

O milho e o feijão

Pra ter uma safra farta

Enquanto ele trabalha

O passarinho canta na mata.

 x

Olha a roça que beleza

O gado se alimentando

Com a fartura do verde

Galo e galinhas engordando

E o homem com a família

Segue comemorando.

 x

Lá embaixo olha o rio

Não tem o que reclamar

À tardinha pega o anzol

E senta para pescar

Volta pra casa sorrindo

Ali vai o seu jantar.

 x

Anda de pé no chão

 A terra é sua alegria

Passa outono e inverno

A natureza irradia

É pede proteção

Em cada raiar do dia.

Quem vive na cidade

Pode até não saber

Que a vida da roça

Tem muito pra se viver

Tem as noites enluaradas

E um lindo amanhecer.

 x

Ouvindo o canto da passarada

Nos braços de uma poesia

O cheirinho do café

Vem aquela alegria

Um dedo de prosa

E a labuta de todo dia.

 x

Ainda o Sol dormindo

Apressado o galo canta

É o dia vai raiando

O trabalhador levanta

Hora de tirar o leite

Pro curral se adianta.

A mulher vai pra cozinha

Bem cedo tá de pé

Esperar a criançada

Pra tomar o café

Chega com leite quente

O velho seu José.

 x 

E lá vai o trabalhador

Pro pasto levar o gado

Cela o seu cavalo

E nele vai montado

Depois pega a foice

E segue para o roçado.

A tardinha volta cansado

 Feliz com aquela grandeza

O verde se perde de vista

Na bela mãe natureza

Vida na roça é rica

Não se tem maior riqueza.


Irá Rodrigues

 

 

LEMBRANÇAS


 

Com certeza não esquece

E quem não sente saudade

Das belas aventuras

Mesmo vivendo na cidade

Era vida de verdade.

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 As luzinhas dos vagalumes

Deixando a noite encantada

E quando o dia amanhecia

Ouvindo o canto da passarada

E brincar de esconde, esconde

Do meio da milharada.

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E as noites de Lua cheia

Se sentava no terreiro

Ouvindo aquela proza

Nem se acendia o candeeiro

A luz era tão brilhante

Como se fosse um fogareiro.

E na época do milho maduro

Enquanto o milho assava

O avô que era sábio

Uma boa história contava

E se fosse de assombração

A meninada gostava.

 x

Criança hoje desconhece

O canto de um vaqueiro

Na caatinga atrás do gado

Invadindo o tabuleiro

E na luta atrás do boi

Se passava o dia inteiro.

 x

Eram tantas histórias

Que a noite se ouvia

As mentiras do pescador

Que contava com alegria

Já pescou até tubarão

Mas se ali não existia.

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Não tem relógio melhor

Que despertar com o galo

A seguir canta a cotovia

E de longe se ouve

O relincho do cavalo

Quando apontava na estrada

Trazendo o velho Gonçalo.

 x


Irá Rodrigues

 

 



 

 

 

 

 

UM DEDO DE PROSA


 Sentado na beira do rio

Naquela boa pescaria

Se falava de tudo

Numa tarde de alegria

Era um dedo de prosa

E uma cachacinha se bebia.

 

Dizem que é lorota

A conversa de pescador

Que pega peixe graúdo

Mas são tudo falador

Pega uma piabinha

E se gaba com louvor.

 

Ai quem gosta de ouvir

Aquelas histórias contadas

Que já pescaram até tubarão

E saudades das boas pescadas

Do tempo que iam pro mar

De aventuras ariscadas.

 

Falam com segurança

Que pescador é mentiroso

Pega uns peixinhos

E diz que ficou famoso

Diz que tem troféu

Como seu maior tesouro.

 

Autoria- Irá Rodrigues

Santo Estevão-BA

 

 

 

 

 

 

 

domingo, 20 de outubro de 2024

A POESIA


 

Ela me persegue
É algo do coração
Ela me transporta
Além da imaginação
Mesmo estando triste
Brota a inspiração.
x
Não consigo desligar
Essa linda conexão
Eu e os meus versos
Logo virou paixão
Ela me faz sonhar
Me leva a reflexão.
x
Ela muda meu destino
Lapida minha alma
Se estou escrevendo
Me traz essa calma
Até os meus anseios
Num minuto se acalma.
x
Apenas eu e a poesia
Vivendo em liberdade
Preenche os pensamentos
Trazendo tranquilidade
Ela tem essa magia
Brota com intensidade.
x
Apenas ela tem o poder
De arrancar a minha tristeza
Mesmo entre lágrimas
Me traz paz e leveza
Deus, tu és meu guia
A poesia é minha certeza.
x
Irá Rodrigues.

LEMBRANÇAS


 

Tempo bom não volta
Aquele cheiro de terra molhada
Ouvir histórias para dormir
O sono fugindo na madrugada.

Lembro do amanhecer
Sinfonia da passarada
Começava antes do galo
Eita folia agitada.

Aquela vida sossegada
Leite quente com canela
O cheirinho de café
O gato dormindo na janela.

O tempo sobrava tempo
Vida boa com simplicidade
Se plantava sonhos
Colhia felicidade.

Autoria Irá Rodrigues.

TRANQUILIDADE


 

O dia acorda mais cedo
Sobe cheiro de café
Com toda sabedoria
Nunca se perde a fé.
x
Na cozinha grande
Panelas brilhando
O pão fresquinho
No forno vai assando.
x
A vida da grande cidade
Tudo é tão diferente
Essa louca agitação
Irritando a gente.
x
São contas para pagar
Não para a correria
Nunca sobra tempo
Não existe calmaria.
x
Só resta a lembrança
Daquela tranquilidade
Das conversas animadas
Com gostinho de saudade.
x
Autoria Irá Rodrigues.
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sábado, 19 de outubro de 2024

A CASA GRANDE

 

 

 


Era uma bela casa

Com jardim bem cuidado

Na frente uma escada

Que dava para o sobrado.

 

Nas janelas do lado

Ramos floridos desciam

Tudo tão bem cuidado

Aos olhos dos que apreciam.

 

Nos vasos da sala

Rosas e jasmim

Colhidos ali no jardim.

 

Camas cobertas de linho

Num canto uma penteadeira

Perfumes, batom e saboneteira.

 

 

Autoria- Irá Rodrigues

MINHA VIDA

 


 

Sou feliz por ter formado

Quatro seres do bem

Pedaços do meu coração

Na alma sempre agarrado.


Nas minhas orações

Peço a sempre ao Nosso Senhor

Pela proteção divina da família que formaram.


Agradeço e não me canso

Onde cada um estiver

Meu pensamento vai estar.


Esse amor que tenho

Para sempre sentirei

A idade está chegando

Amanhã pra vocês

Só restará saudades.


E quando eu não tiver mais forças

Nem meu sorriso conseguir dar

Não deixarei nunca de amá-los.

 

Cada filho e seus filhos estarão comigo

Enquanto a última batida do meu coração pulsar.

E na hora que eu partir

Com certeza estarei num lugar lindo

E de lá estarei abençoando com todo o meu amor

Podem ter certeza, continuarei sorrindo na eternidade.

Autora- Irá Rodrigues