quarta-feira, 13 de abril de 2016

POESIAS COM CRDS

 


MAR...
Nesse lindo mar baiano
Desperta o dia acorda as ondas
Ando nas areia molhadas
Olho para trás vejo minhas pegadas...

O sol aquece sopra o vento
Águas lambem a areia
Desfazem meus passos
Perdida eu sigo no tempo...

Semeando chuviscos
Chuva fina que cai
Gotas que pingam no mar
Feito lagrima que se esvai...

Encharcada sentei na areia
Gaivotas raivosas voando
Busca restos da noite
Em bando se esvoaçando...

Joguei-me no mar
A chuva ficava mais forte
Com seu gingado nas águas
Perdidas pela sorte...

Esquecida na beira do mar
Esperei a chuva parar
Assim saudava o sol
Que começava a raiar...




 


 SE FOSSE POETA
Perfumaria a poesia
No aroma de uma flor
No sereno da madrugada
Ou mesmo na brisa do mar
Traria de dentro a pureza
Só para te conquistar.
Seria a deusa dos mares
Você minha inspiração
Escreveria poesias
Trazidas do coração.
E na penumbra da luz
Que brota de dentro
Arrebenta-me com fúria
Na busca do meu poema.
Poema que me alimenta
Que arranca de mim o pudor
Floresce meus desejos
Deixa-me em transe...





 


 Nordestino

Povo alegre que se anima
Do sertão ao litoral
Tem seca mas tem carnaval
Tem vaquejada e festa junina...

Povo cor do sol do sertão
De olhar que aquece e ilumina
Tanto aprende quanto ensina
Uma moda nas cordas do violão...

Sabe tirar da seca uma melodia
Desenrola o cordel e a poesia
Descreve com rima seu destino
Orgulho de ser nordestino...

Terra do poeta e do vaqueiro
Chão de um povo brasileiro
O forró a cantiga e a pinga
Quem aqui chega se anima...

Nordeste de um povo hospitaleiro
De homem forte e guerreiro
Eita nordeste de paixao
Terra do velho Gonzagao... 





 



 A vida do sertão

A chuva é difícil chegar
O sol quente de rachar
Tem o solo todo rachado
E um povo maltratado...

A vegetação cor cinzenta
A poeira quem aguenta
Só umbuzeiro que dá
Frutinha para chupar...

Como pode essa tristeza
A vegetação indefesa
Animais morrendo de fome
Só o cacto o bicho come...

A culpa é do homem e sua ignorância
Derruba e queima tudo por ganância
Depois chora por ai
Implorando para a chuva cair...











autoria- Irá Rodrigues

Nenhum comentário:

Postar um comentário