Acorda cedinho Floresce o dia Na haste do desejo É fetiche da paixão Na arte de amar puro frenesi As duas numa só Se funde sai de menina Vira mulher Despida descalça Joga-se nas aguas geladas Busca no mar o prazer que sufoca Amor que esmaga Paixão que incendeia No mar vira sereia Se liberta escancara Vai além da ousadia Quando ama é assim Humilde amante impulsiva Ser inteira ser eterna Ter a harmonia das manhas A serenata das madrugadas O romper explosivo De cada anoitecer De frágil menina Uma selvagem mulher...
Hoje
acordei bem antes que o sol se espreguiçasse, planejando tudo que
preciso fazer bem antes que ele resolva chegar e retornar para que lua
ocupe seu lugar e a noite escureça e eu não possa continuar. Os
pensamentos em turbilhão, fazer uma faxina deixar a casa perfumada
depende de mim o dia que teria. Como não sou de reclamar coloquei um
belo DVD de Bruno e Marrone e por que reclamar? Se estava ficando
cansada era só parar em frente à TV e tudo ficava as mil maravilhas.
Tenho mais é que agradecer e ter sabedoria para administrar minha vida
se eu tenho ela para desfrutar o nascer do sol. O sabor da brisa
passando, os pingos de chuva caindo molhando vidraça. Esse sol lindo que
desponta por traz das palmas do coqueiro Não dou espaço ao tédio,
não lamento quando eu posso entusiasmar não choro se posso sorrir não
grito se posso cantar, não falo se posso silenciar degustando um belo
livro... E se as coisas não saírem da forma que planejei fico
triste, mas logo descubro que posso recomeçar. O sabor de ser feliz está
em minhas mãos e tem o sabor do meu sorriso...
Era dia quente de arrepiar Inicio de setembro Raiar da primavera Em meio a campos floridos Surge a mais bela mulher Blusa branca decote profundo Seios pequenos pontudos Calça jeans desbotada Grudava sensualmente em cada curva De um corpo escultural A leveza dos passos Cabelos soltos ao vento Na linda boca carnuda O batom vermelho provocante De olhos grandes amendoados Parecia uma deusa Saída de contos de fada A menina formosa Ou doçura de mulher...
DIRETORA INTERNACIONAL DA DIVISÃO DE LITERATURA INFANTO - JUVENIL
A vida passou você não viu Acordou atrasado Nem um bom dia A correria maluca Só pensou ganhar dinheiro Virou escravo do tempo A vida passou nem percebeu Aposentado os amigos sumiram O cansaço ocupou teu corpo Já não tem um abraço Não é mais dono do tempo Entrou numa roda viva Seu conforto virou problema O toque do telefone incomoda Quer se livrar de tudo Não sabe como Perdeu férias só trabalhou Não descansou Esqueceu as ilusões Passou pela vida sem saber Frequentou o mundo Hoje o mundo se fechou Esqueceu-se de sorrir Não teve tempo para amar Não viu os filhos crescendo Ficaram adultos e partiram Entregou seus anos ao egoísmo A ganancia por dinheiro A corrida do poder Esqueceu que o tempo não volta Até a mulher abandonou..
A moça bonita perdida no nada Praia deserta dia de chuva Chuta a areia olha o céu carregado De pingos gelados de chuva fininha Sozinha perdida sem medo sem nada Despe-se todinha deita na areia Nua e ávida seu corpo excitava Boiava nas ondas Que levemente lambia a areia De seios de fora parecia sereia Misteriosa saindo do mar De corpo escultural Formas sensuais Ali toda lânguida de corpo despido Largada de tudo Despida da vida...
Quem me dera fosse eu A voz do vento O frescor da brisa O poder dos sonhos O retorno da ida... Quem me dera se tivesse O poder da palavra O construtor dos poemas Um decorador de emoções Um domador de corações... Quem me dera Domaria se pudesse As fantasias da vida Desenharia a felicidade Criaria as emoções Acabaria com a saudade... Quem me dera se pudesse Domar o tempo Controlar o vento Perpetuar os momentos Eternizar o amor Acabar sofrimentos... Quem me dera fosse eu A dona do poder...
Dengosa indolente exuberante Desnuda sem manto Vira mulher se faz saliente Exibe-se com cheiro de sexo É bela menina Ou fogosa mulher No mistério do olhar Faz amor erótico Às vezes serena envolvente É o romper das manhas Outra frenética tempestade Numa noite nebulosa E nessa mistura louca Num explosivo devaneio Fundem-se lua e mulher Num galope alucinante Pelo espaço vagueia.