Ganhou um celular
Começou conhecendo
gente
Algumas eram boas
Outras era bem
diferente
Maria estava
encantada
Se dizia muito contente.
X
Logo criava grupos
Seu tempo era acessar
Dizia saber de tudo
Nem posso imaginar
Perdia até a hora
Sem ver o tempo
passar.
Sua mãe velha senhora
Trabalhando a vida
inteira
Reclamava com a filha
Para deixar de
besteira
Não adiantava falar
Maria só faz
besteira.
Um dia se arrepende
De tudo vai se encher
É muita futilidade
Precisa só entender
Parece até criança
Não sabe compreender.
Maria nunca ouvia
Encontrou uma amizade
Saiu do desespero
Era pura felicidade
De ante do que
falavam
Não existia maldade.
Estava sem energia
Acabou-se a bateria
Maria esperneava
Sem ter mais alegria
Se esquecia de tudo
Do bate-papo não
esquecia.
A energia voltou
Começou a gritaria
O celular carregou
Voltou a sua alegria
Foi ler mil mensagens
Com sabor de magia.
Certa noite sem
dormir
Passava da madrugada
Lhe enviaram fotos
Cada uma mais ousada
Desligou o telefone
Estava bem assustada.
Estava muito inquieta
A noite toda acordou
Tomou café e licor
Nada disso adiantou
O celular não parava
Decidida desligou.
Despertou às sete
horas
Foi tomar um café
Estava impaciente
Tomou ali mesmo de pé
Quando o telefone
tocou
Era seu primo José.
A tarde estava quente
Precisava do virtual
Ligou seu celular
Tudo estava normal
Ali era o seu mundo
Melhor que o real.
Recebeu uma chamada
Da prima Maristela
Falaram de quase tudo
Ela era bem tagarela
Desligou, disse adeus
Foi se sentar na
janela.
Foi assim que Maria
Foi perdendo a
liberdade
Se sentia envolvida
No mundo de maldade
Perdeu os seus amigos
Quem lhe dava
felicidade.
Dizia que os amigos
Conhecidos na
internet
Era tudo que ela
queria
Falar com aquela
gente
De todo canto do
mundo
Agora se sentia
carente.
Começou a fazer self
Enviava a quem pedia
Sem saber que o
perigo
Aos poucos lhe
prendia
Estava mesmo iludida
Sua liberdade perdia.
Esse mundo virtual
É muita futilidade
Conversas infundadas
Envolvendo a sociedade
Quem não usa acha careta
Sem seguir a modernidade.
Maria se envolveu
Como linha no
carretel
Fez papel de boba
Fugindo da vida real
Faço aqui um alerta
Nos versos desse
cordel.
Autoria Irá Rodrigues
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