Desde a minha infância vivi numa casa grande rodeada de avarandado, nossa casa ficava no alto seguindo por uma estradinha de pedregulho e uma cancela na entrada. Poderia até não ser a mais linda, aos meus olhos era a mais perfeita onde cabia aconchego, amor e muita alegria. Hoje vendo tudo destruído, os sonhos soterrados. Nem sei como dizer o quanto aquela casa me fez bem e o quanto né faz falta.
Lembranças de quando corria livre pelos campos, era como se estivesse libertando o meu mundo inteiro.
Aos poucos vi a minha liberdade sendo destruída. A casa não mais existia, as natas foram destruídas. Muito difícil volto naquele local, a tristeza de ver que nada mais existe.
Hoje trilho novos caminhos, me conecto com a natureza, mas nada das lembranças da adolescência poderá voltar. Aquela menina que corria livre de cabelos desalinhados pelo vento divide aquelas lembranças com a mulher que me tornei, me orgulho de nós duas, busquei novos caminhos onde posso desfrutar das grandezas da floresta, posso ver o canto de passarinho e borboletas voando entre flores silvestre. Não voltei para a mesma casa, mas me reencontrei em outro lugar.
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