quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

O CASO ESTRANHO

 


 

Em meio ao silêncio daquele tarde só quebrado pelo sussurrar do vento entrando pela janela, dona Anastácia dormia tranquila no sofá da sala.

De repente, a casa pareceu vir abaixo com as batidas que soavam como se estivesse um trator derrubando as paredes.

E foi aquele plof.. plof... plof...

Dona Anastácia massageava a cabeça, tentava se levantar, mas as pernas amoleceram o que era aquilo meu Deus! - Pensava a velha pela primeira vez amedrontada. Tentava gritar a voz não saia e como pedir socorro ao marido que cuidava do pomar nos fundos da casa.

Quando os tombos pararam, ela conseguiu se levantar e correr para a porta da cozinha, coitada escorregou nas patas do cachorro que roncava e deu um grito tão alto que o pobre saiu gemendo.

O marido chegou correndo, pegou um gel e começou a massagear a perna da mulher toda roxa e gemia de dor.

- O que aconteceu? - ainda bem que por sorte eu estava por perto. - Disse o marido preocupado.

Dona Anastácia gritou- Cuidado! Enquanto o marido olhava apalermado para a mulher com aquela cara de espanto como se estivesse visto um fantasma ou algo pior.

Até que Anastácia conseguiu falar que lá fora tinha um barulho que parecia derrubar a casa.

O marido olhou para os lados, deu a volta na casa como se esperasse ver um monstro que segundo a mulher fez estremecer a casa.

Ao voltar para a cozinha encontrou a mulher tremendo abraçada ao próprio corpo como se defendendo do perigo.

- Não tem nada de estranho lá fora. Disse o marido.

- Então acha que estou ficando maluca! Gritou Anastácia.

O marido com toda paciência do mundo disse:

- Então venha ver, eu ajudo você até a frente da casa, Mesmo com medo ela se sentia protegida pelos braços fortes do marido.

- Veja! É apenas o vizinho derrubando aquela árvore velha que fica bem no meio da estrada.

 

Irá Rodrigues

Santo Estevão-BA



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