A BRISA VADIA
A brisa brincou
Acariciou minha
face
Um arrepio
Uma nostalgia
Atrapalhou-se
subiu
De longe se
avistava
O reboliço que
faz
Fazendo coqueiros
dançar...
A brisa sorriu
Fez reviravolta
Avançou para o
mar
Fez ondas se
requebrar
Fez barquinhos
revirar
Os sufistas que
gostaram
Da força que vem do ar...
Ao longe
observava
As peripécias da
brisa
Rodou, rodou
Ficou forte
Virou vento
Dançou no mar
sereno
Ganhou força
Cresceu
Virou vendaval
No ritmo da
melodia
Assustou
Viu o medo dos
banhistas
Sorriu
E logo voltou a
ser brisa...
Brisa vadia!
TALVEZ...
Um dia eu tenha te cumprimentado com um bom dia
Ou apenas um simples oi ou mesmo
ter ignorado
Muitas coisas eu já apaguei do meu passado
Hoje relembro apenas nos versos da minha poesia.
Talvez até olhasse enquanto por mim passava
Não me lembro de detalhes pequenos que nada me dizia
Ou se percebia com certeza eu fingia
Se na escola ou na rua o encontrava.
Ou se era mais um que parava para admirar a lua
Enquanto num banco da praça eu sentava para ler
Depois voltava para casa e tentava escrever
Tudo que acontecia ali mesmo na rua...
Depois desses versos com certeza não irei me esquecer
Momentos bons da infância que trazia alegria
Ficará registrado em cada poesia
Que com o tempo eu irei escrever...
Talvez...
BEM VINDO OUTUBRO
Lá se foram trinta dias
Nem bem setembro começou
Correu, atropelou e acabou.
Ficou a certeza de momentos de alegrias...
Que outubro venha florescer
Com a paz em forma de flores
Que possamos viver sem dores
Que o amor em tudo possa vencer...
Um outubro cheio de esperança
Em cada lar o sorriso brotando
Afinal é o mês da criança...
Mês também do professor
De quem luta para um mundo melhor
Que dedica a sua vida para semear amor...
DILEMA DE UMA CARTA
Alguém já parou para imaginar
O caminho que uma carta faz
Anda na terra, na água e até no ar,
E mais importante é o que ela traz...
Dentro de cada envelope aquela confusão
Anda de bicicleta, de trem e até lombo de burro,
Outras de bem longe andam de avião
Coitadas as letrinhas lamentam em sussurro...
Estou cansada de ser uma carta
E quando recebem muito nos abandonam
Sem piedade no lixo nos descartam...
Só não sabem o sufoco que passamos
Sacolejando pelas estradas até chegar
E depois de lida nos jogam pra lá...
Irá Rodrigues
http://ira-poesias.blogspot.com/
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